quarta-feira, 27 de abril de 2016

Mundos Inferiores




 Boa noite amigos! compartilhamos o tema que foi estudado na nossa última reunião no grupo de estudos André Luiz no dia 15 e 22 de Abril.

Diferente categoria de mundos habitados
Do ensino dado pelos Espíritos, resulta que muito diferentes umas das outras são as condições dos mundos, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. [...]. Nos mundos inferiores, a existência é toda material, reinam soberanas as paixões, sendo quase nula a vida moral. À medida que está se desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que, nos mundos mais adiantados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual.
Nos mundos intermédios, misturam-se o bem e o mal, predominando um ou outro, segundo o grau de adiantamento da maioria dos que os habitam. Embora se não possa fazer, dos diversos mundos, uma classificação absoluta, pode-se contudo, em virtude do estado em que se acham e da destinação que trazem, tomando por base os matizes mais salientes, dividi-los, de modo geral, como segue: mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiação e provas, onde domina o mal; mundos de regeneração, nos quais as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta; mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal; mundos celestes ou divinos, habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem.
1. Mundos Primitivos
Tomada a Terra pôr termo de comparação, pode-se fazer ideia do estado de um mundo inferior, supondo os seus habitantes na condição das raças selvagens ou das nações bárbaras que ainda entre nós se encontram, restos do estado primitivo do nosso orbe. Nos mais atrasados, são de certo modo rudimentares os seres que os habitam. Revestem a forma humana, mas sem nenhuma beleza. Seus instintos não têm a abrandá-los qualquer sentimento de delicadeza ou de benevolência, nem as noções do justo e do injusto. A força bruta é, entre eles, a única lei. Carentes de indústrias e de invenções, passam a vida na conquista de alimentos. Deus, entretanto, a nenhuma de suas criaturas abandona; no fundo das trevas da inteligência jaz, latente, a vaga intuição, mais ou menos desenvolvida, de um Ente supremo.
2. Mundos de Expiação e Provas
São mundos onde domina o mal, destinados aos espíritos que necessitam expiar as faltas cometidas em suas encarnações anteriores. A variedade desses mundos é infinita, [...] mas revelando todos, como caráter comum, o servirem de lugar de exílio para Espíritos rebeldes à lei de Deus. Esses Espíritos têm aí de lutar, ao mesmo tempo, com a perversidade dos homens e com a inclemência da Natureza, duplo e árduo trabalho que simultaneamente desenvolve as qualidades do coração e as da inteligência.
O Bem e o Mal
Moral é, no dizer dos Espíritos que participaram da Codificação Espírita, “(...) a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus. ”
O sentido de moralidade é um só; ou seja, é a norma de bem proceder em quaisquer circunstâncias, independente do estado socioeconômico do indivíduo; devemos cuidar para não confundirmos conveniências sociais, as quais podem gerar dissolução dos costumes, com a verdadeira prática da moral. À medida que vamos aprendendo a distinguir o bem do mal, vamos nos moralizando.
Isto porque fazer o bem é agir “(...) conforme à Lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a lei de Deus. Fazer o mal é infringi-la. ” Pela inteligência, e acreditando em Deus, pode o homem distinguir o que é certo do que é errado.
“Deus promulgou leis plenas de sabedoria, tendo por único objetivo o bem. Em si mesmo encontra o homem tudo o que lhe é necessário para cumpri-las. A consciência lhe traça a rota, a lei divina lhe está gravada no coração e, ao demais, Deus lhe lembra constantemente por intermédio de seus messias e profetas, de todos os Espíritos encarnados que trazem a missão de o esclarecer, moralizar e melhorar e, nestes últimos tempos, pela multidão dos Espíritos desencarnados que se manifestam em toda parte. Se o homem se conformasse rigorosamente com as leis divinas, não há duvidar de que se pouparia aos mais agudos males e viveria ditoso na Terra. Se assim não procede, é por virtude do seu livre-arbítrio: sofre então as consequências do seu proceder. ”
“Entretanto, Deus, todo bondade, pôs o remédio ao lado do mal, isto é, faz que do próprio mal saia o remédio. Um momento chega em que o excesso do mal moral se torna intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar de vida. Instruído pela experiência, ele se sente compelido a procurar no bem o remédio, sempre por efeito do seu livre-arbítrio. Quando toma melhor caminho, é por sua vontade e porque reconheceu os inconvenientes do outro. A necessidade, pois, o constrange a melhorar-se moralmente, para ser mais feliz, do mesmo modo que o constrangeu a melhorar as condições materiais da sua existência. ” A prática do bem esta, pois, relacionada com o grau de responsabilidade do homem; com o progresso, o mal decrescerá automaticamente. ”(...) O mal moral (...) tem um caráter relativo e passageiro; é a condição da alma ainda criança que se ensaia para a vida. Pelo simples fato dos progressos feitos, vai pouco a pouco diminuindo, desaparece, dissipa-se à medida que a alma sobe os degraus que conduzem ao poder, à virtude, à sabedoria!
Então a justiça patenteia-se no Universo; deixa de haver eleitos e réprobos; sofrem todos as consequências de seus atos, mas todos reparam, resgatam e, cedo ou tarde. Se regeneram para evolverem desde os mundos obscuros e materiais até a Luz Divina (...).
O mal não tem, pois, existência real, não há mal absoluto no Universo, mas em toda a parte a realização vagarosa e progressiva de um ideal superior (...). Por toda a parte, a grande lida dos seres trabalhando para desenvolver em si, à custa de imensos esforços, a sensibilidade, o sentimento, a vontade, o amor! (...)”


Diálogo de Jesus com o apóstolo Tadeu- Livro Boa Nova
— Senhor, os espíritos do mal são também nossos irmãos? inquiriu, admirado, o apóstolo.
— Toda a criação é de Deus. Os que vestem a túnica do mal envergarão um dia a da redenção pelo bem. Acaso, poderias duvidar disso? O discípulo do Evangelho não combate propriamente o seu irmão, como Deus nunca entra em luta com seus filhos; aquele apenas combate toda manifestação de ignorância, como o Pai que trabalha incessantemente pela vitória do seu amor, junto da humanidade inteira.
— Mas, não seria justo ajuntou o discípulo, com certa convicção — convocarmos todos os gênios malfazejos para que se convertessem à verdade dos céus?
O Mestre, sem se surpreender com essa observação, disse:
Por que motivo não procede Deus assim?... Porventura, teríamos nós  uma substância de amor mais sublime e mais forte que a do seu coração paternal? Tadeu, jamais olvidemos o bom combate. Se alguém te convoca ao labor ingrato da má semente, não desdenhes a boa luta pela vitória do bem, encarando qualquer posição difícil como ensejo sagrado para revelares a tua fidelidade a Deus. Abraça sempre o teu irmão. Se o adversário do reino te provoca ao esclarecimento de toda a verdade, não desprezes a hora de trabalhar pela vitória da luz; mas segue o teu caminho no mundo atento aos teus próprios deveres, pois não nos consta que Deus abandonasse as suas atividades divinas para impor a renovação moral dos filhos ingratos, que se rebelaram na sua casa. Se o mundo parece povoarse de sombras, é preciso reconhecer que as leis de Deus são sempre as mesmas, em todas as latitudes da vida.
É indispensável meditar na lição de Nosso Pai e não estacionar a meio do caminho que percorremos. Os inimigos do reino se empenham em batalhas sangrentas? Não olvides o teu próprio trabalho. Padecem no inferno das ambições desmedidas? Caminha para Deus. Lançam a perseguição contra a verdade? Tens contigo a verdade divina que o mundo não te poderá roubar, nunca. Os grandes patrimônios da vida não pertencem às forças da Terra, mas às do Céu. O homem, que dominasse o mundo inteiro com a sua força, teria de quebrar a sua espada sangrenta, ante os direitos inflexíveis da morte. E, além desta vida, ninguém te perguntará pelas obrigações que tocam a Deus, mas, unicamente, pelo mundo interior que te pertence a ti mesmo, sob as vistas amoráveis de Nosso Pai  Mas vais aprender, ainda hoje, que o homem do mundo é mais frágil do que perverso.
Ministro Sânzio  no Livro Ação e Reação
O bem, meu amigo, é o progresso e a felicidade, a segurança e a justiça para todos os nossos semelhantes e para todas as criaturas de nossa estrada, aos quais devemos empenhar as conveniências de nosso exclusivismo, mas sem qualquer constrangimento por parte de ordenações puramente humanas, que nos colocariam em falsa posição no serviço, por atuarem de fora para dentro, gerando, muitas vezes, em nosso cosmo interior, para nosso preju- ízo, a indisciplina e a revolta. O bem será, desse modo, nossa decidida cooperação com a Lei, a favor de todos, ainda mesmo que isso nos custe a renunciação mais completa, visto não ignorarmos que, auxiliando a Lei do Senhor e agindo de conformidade com ela, seremos por ela ajudados e sustentados no campo dos valores imperecíveis. E o mal será sempre representado por aquela triste vocação do bem unicamente para nós mesmos, a expressar-se no egoísmo e na vaidade, na insensatez e no orgulho que nos assinalam a permanência nas linhas inferiores do espírito.  Ministro ajuntou:
– Possuímos em Nosso Senhor Jesus-Cristo o paradigma do Eterno Bem sobre a Terra. Tendo dado tudo de si, em benefício dos outros, não hesitou em aceitar o supremo sacrifício no auxílio a todos, para que o bem de todos prevalecesse, ainda mesmo que a ele, em particular, se reservassem a incompreensão e o sofrimento, a flagelação e a morte.

sábado, 16 de abril de 2016

Progressão dos espíritos


Boa tarde amigos! Publicamos abaixo o texto estudado no grupo Joanna de Ângelis, na última quarta-feira, dia 13 de abril.

Progressão dos espíritos

1. Ensina a Doutrina Espírita que Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem [nenhum] saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de os fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade, para aproximá-los de si. Nesta perfeição é que eles encontram a pura e eterna felicidade. Passando pelas provas que Deus lhes impõe é que os Espíritos adquirem aquele conhecimento. Uns aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa à meta que lhes foi assinada. Outros só a suportam murmurando e, pela falta em que desse modo incorrem, permanecem afastados da perfeição e da prometida felicidade. Os Espíritos, portanto, não foram criados uns bons e outros maus. Todos tiveram como ponto de partida a simplicidade e a ignorância, chegando à perfeição por meio das provas que lhes são impostas por Deus para atingi-la. Essas provas são por eles enfrentadas durante as reencarnações, necessárias ao seu progresso A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia. É-lhes necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência. Sendo soberanamente justo, Deus tem de distribuir tudo igualmente por todos os seus filhos; assim é que estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de proceder. Qualquer privilégio seria uma preferência, uma injustiça. Mas, a encarnação, para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa que Deus lhes impõe, quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso que farão do livre-arbítrio. Os que desempenham com zelo essa tarefa transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam do fruto de seus labores. Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação [...]. Deflui desses ensinos a importância do livre-arbítrio para a progressão dos Espíritos. Contudo, como poderiam esses Espíritos, em sua origem, quando ainda não possuem consciência de si mesmos, escolher entre o bem e o mal? Haveria neles algum princípio ou alguma tendência que os encaminhasse para um caminho em relação a outro? Essa pergunta, formulada por Kardec aos Espíritos Superiores, recebeu desses a seguinte resposta: O livre-arbítrio se desenvolve à medida que o Espírito adquire a consciência de si mesmo. Já não haveria liberdade, desde que a escolha fosse determinada por uma causa independente da vontade do Espírito. A causa não está nele, está fora dele, nas influências a que cede em virtude da sua livre vontade. É o que se contém na grande figura emblemática da queda do homem e do pecado original: uns cederam à tentação, outros resistiram 15. Acrescentam os Espíritos Superiores que essas influências acompanham o Espírito [...] até que haja conseguido tanto império sobre si mesmo, que os maus desistem de obsidiá-lo.

2. Diferentes ordens de Espíritos. Escala Espírita 

Assinala o Codificador que a [...] classificação dos Espíritos se baseia no grau de adiantamento deles, nas qualidades que já adquiriram e nas imperfeições de que ainda terão de despojar-se. Esta classificação, aliás, nada tem de absoluta. Apenas no seu conjunto cada categoria apresenta caráter definido. De um grau a outro a transição é insensível e, nos limites extremos, os matizes se apagam, como nos reinos da natureza, como nas cores do arco-íris, ou, também, como nos diferentes períodos da vida do homem. Podem, pois, formar-se maior ou menor número de classes, conforme o ponto de vista donde se considere a questão. Dá-se aqui o que se dá com todos os sistemas de classificação científica, que podem ser mais ou menos completos, mais ou menos racionais, mais ou menos cômodos para a inteligência. Sejam, porém, quais forem, em nada alteram as bases da ciência. Os Espíritos, em geral, admitem três categorias principais, ou três grandes divisões. Na última, a que fica na parte inferior da escala, estão os Espíritos imperfeitos, caracterizados pela predominância da matéria sobre o espírito e pela propensão para o mal. Os da segunda se caracterizam pela predominância do espírito sobre a matéria e pelo desejo do bem: são os bons Espíritos. A primeira, finalmente, compreende os Espíritos puros, os que atingiram o grau supremo da perfeição. Essas três categorias principais ou ordens podem ser subdivididas em classes, como veremos a seguir.




2.1 – Terceira ordem – Espíritos imperfeitos 

■ Décima classe. Espíritos impuros. São inclinados ao mal, de que fazem o objeto de suas preocupações. Como Espíritos, dão conselhos pérfidos, sopram a discórdia e a desconfiança e se mascaram de todas as maneiras para melhor enganar. Ligam-se aos homens de caráter bastante fraco para cederem às suas sugestões, a fim de induzi-los à perdição, satisfeitos com o conseguirem retardar-lhes o adiantamento, fazendo-os sucumbir nas provas por que passam. (...) Alguns povos os arvoraram em divindades maléficas; outros os designam pelos nomes de demônios, maus gênios, Espíritos do mal 4. 
■ Nona classe. Espíritos levianos. São ignorantes, maliciosos, irrefletidos e zombeteiros. Metem-se em tudo, a tudo respondem, sem se incomodarem com a verdade. Gostam de causar pequenos desgostos e ligeiras alegrias, de intrigar, de induzir maldosamente em erro, por meio de mistificações e de espertezas. A esta classe pertencem os Espíritos vulgarmente tratados de duendes, trasgos, gnomos, diabretes 5. 
■ Oitava classe. Espíritos pseudo-sábios. Dispõem de conhecimentos bastante amplos, porém, crêem saber mais do que realmente sabem. Tendo realizado alguns progressos sob diversos pontos de vista, a linguagem deles aparenta um cunho de seriedade, de natureza a iludir com respeito às suas capacidades e luzes. 
■ Sétima classe. Espíritos neutros. Nem bastante bons para fazerem o bem, nem bastante maus para fazerem o mal. Pendem tanto para um como para o outro e não ultrapassam a condição comum da Humanidade, quer no que concerne ao moral, quer no que toca à inteligência. Apegam-se às coisas deste mundo, de cujas grosseiras alegrias sentem saudades.
■ Sexta classe. Espíritos batedores e perturbadores. Estes Espíritos, propriamente falando, não formam uma classe distinta pelas suas qualidades pessoais [...]. Manifestam geralmente sua presença por efeitos sensíveis e físicos, como pancadas, movimento e deslocamento anormal de corpos sólidos, agitação do ar, etc.

2.2 – Segunda ordem – Bons Espíritos

■ Quinta classe. Espíritos benévolos. A bondade é neles a qualidade dominante. Apraz-lhes prestar serviço aos homens e protegê-los. Limitados, porém, são os seus conhecimentos. Hão progredido mais no sentido moral do que no sentido intelectual. 
■ Quarta classe. Espíritos sábios. Distinguem-se pela amplitude de seus conhecimentos. Preocupam-se menos com as questões morais, do que com as de natureza científica, para as quais têm maior aptidão. Entretanto, só encaram a ciência do ponto de vista da sua utilidade e jamais dominados por quaisquer paixões próprias dos Espíritos imperfeitos.
■ Terceira classe. Espíritos de sabedoria. As qualidades morais da ordem mais elevada são o que os caracteriza. Sem possuírem ilimitados conhecimentos, são dotados de uma capacidade intelectual que lhes faculta juízo reto sobre os homens e as coisas. 
■ Segunda classe. Espíritos superiores. Esses em si reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Da linguagem que empregam se exala sempre a benevolência; é uma linguagem invariavelmente digna, elevada e, muitas vezes, sublime. Sua superioridade os torna mais aptos do que os outros a nos darem noções exatas sobre as coisas do mundo incorpóreo, dentro dos limites do que é permitido ao homem saber. [...] Afastam-se, porém, daqueles a quem só a curiosidade impele, ou que, por influência da matéria, fogem à prática do bem. Quando, por exceção, encarnam na Terra, é para cumprir missão de progresso e então nos oferecem o tipo da perfeição a que a Humanidade pode aspirar neste mundo.

2.3 – Primeira ordem – Espíritos puros 

■ Primeira classe. Classe única. Os Espíritos que a compõem percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma de perfeição de que é suscetível a criatura, não têm mais que sofrer provas, nem expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, realizam a vida eterna no seio de Deus. Gozam de inalterável felicidade, porque não se acham submetidos às necessidades, nem às vicissitudes da vida material. Essa felicidade, porém, não é a de ociosidade monótona, a transcorrer em perpétua contemplação. Eles são os mensageiros e os ministros de Deus, cujas ordens executam para manutenção da harmonia universal. [...] São designados às vezes pelos nomes de anjos, arcanjos ou serafins.

Fonte: ESDE - Programa Fundamental (FEB)

terça-feira, 12 de abril de 2016

Lei Divina e o Universo


Bom dia amigos! compartilhamos o tema que foi estudado na nossa última reunião no grupo de estudos André Luiz.




A Lei Divina
A Lei Natural é a Lei Divina que rege toda a criação no Cosmo Infinito, nos seus múltiplos e diversificados planos, sendo ela substancialmente verdadeira e eficaz, por ser a única que conduz a criatura para o aperfeiçoamento e a felicidade.
Todos os fenômenos, físicos e espirituais, são regidos por leis soberanamente justas e
sábias no nosso mundo, fora dele e em todo o Universo.
Essas leis, reunidas, integram o que conhecemos como Lei Divina ou Natural. Esta Lei
é “(...) Eterna e imutável como o próprio Deus.”
Todos, entretanto, a compreenderão um dia, porquanto forçoso é que o progresso se efetue.
A Lei Divina ou Natural abrange dois tipos principais de leis: as que “(...) regulam o
movimento e as relações da matéria bruta: as leis físicas, cujo estudo pertence ao domínio da Ciência.
As outras dizem respeito especialmente ao homem considerado em si mesmo e nas
suas relações com Deus e com seus semelhantes. Contêm as regras da vida do corpo, bem como as da vida da alma: são as leis morais.
Quanto mais o homem desenvolve suas faculdades intelectuais e aprimora suas
percepções espirituais, tanto mais vai-se inteirando de que o mundo material, esfera de ação da Ciência, e a ordem moral, objeto especulativo da Religião, guardam íntimas e profundas relações entre si, concorrendo, uma e outra, para a harmonia universal, mercê das leis sábias, eternas e imutáveis que os regem, como sábio, eterno e imutável é o Seu Legislador.

A criação

37. O Universo foi criado, ou existe de toda a eternidade, como Deus?
“É fora de dúvida que ele não pode ter-se feito a si mesmo. Se existisse,
como Deus, de toda a eternidade, não seria obra de Deus.”

Diz-nos a razão não ser possível que o Universo se tenha feito a si mesmo e que,
não podendo também ser obra do acaso, há de ser obra de Deus.

A casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem, aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao adiantamento dos mesmos Espíritos.
As diferentes moradas

55. São habitados todos os globos que se movem no espaço?
“Sim e o homem terreno está longe de ser, como supõe, o primeiro em
inteligência, em bondade e em perfeição. Entretanto, há homens que se têm por
espíritos muito fortes e que imaginam pertencer a este pequenino globo o privilégio
de conter seres racionais. Orgulho e vaidade! Julgam que só para eles criou Deus o
Universo.”
Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo todos esses seres para o
objetivo final da Providência. Acreditar que só os haja no planeta que habitamos fora
duvidar da sabedoria de Deus, que não fez coisa alguma inútil. Certo, a esses mundos há de
ele ter dado uma destinação mais séria do que a de nos recrearem a vista. Aliás, nada há, nem na posição, nem no volume, nem na constituição física da Terra, que possa induzir à suposição de que ela goze do privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de milhões de mundos semelhantes.


Chico Xavier (Livro na Era do Espírito com Herculano Pires)

A esse respeito peço licença para dizer que certa feita, indagando de Emmanuel qual a posição de Jesus no sistema solar, ele me respondeu que ficasse, a respeito de Deus, com a expressão do Pai Nosso dita por Jesus e não perguntasse muito, porque eu não tinha mente capaz de entrar no domínio desses conhecimentos com a segurança precisa.
Eu insisti e ele então desdobrou um painel à minha vista, num fenômeno mediúnico.
Apareceu então a Terra na Comunidade dos Mundos do nosso sistema evolutivo em torno do Sol. O nosso Sol, depois, em outra face do painel, evoluindo para a constelação que se não me engano, é chamada de Andrômeda. Depois, essa constelação, arrastando o nosso sistema e outros, evoluía em direção a outra
constelação que já não tinha nome na minha cabeça. Essa outra constelação avançava para outra muito maior dentro da nossa galáxia. Depois, apareceu a nossa galáxia, imensa, como se uma lente de alta potencialidade estivesse entre os meus olhos e o painel. E a nossa galáxia evoluía com outras galáxias em torno de uma nebulosa enorme e que Emmanuel me disse que passava a evoluir, em torno de outras nebulosas.
Então, a minha cabeça ficou cansada e eu pedi para voltar, como se tivesse saído de um foguete da Terra e me perdesse pelo espaço a fora e sentisse uma vontade louca de voltar a ser gente e ficar outra vez no meu lugar.
Porque tudo está dentro da Ordem Divina. Cada mundo, cada sistema, cada galáxia, orientados por Inteligências Divinas, e Deus para lá disso tudo, sem que possamos fazer-lhe uma definição. Senti uma vontade enorme de voltar para a minha cama e tomar café quente!

56. É a mesma a constituição física dos diferentes globos?
“Não; de modo algum se assemelham.”
57. Não sendo uma só para todos a constituição física dos mundos, seguir-se-á
tenham organizações diferentes os seres que os habitam?
 “Sem dúvida, do mesmo modo que no vosso os peixes são feitos para viver
na água e os pássaros no ar.”

Link video: https://www.youtube.com/watch?v=d5UMO94M9p0

Poder da fé

1. Quando Ele veio ao encontro do povo, um homem se lhe aproximou e, lançando- se de joelhos a seus pés, disse: “Senhor, tem piedade d...