Boa noite amigos! compartilhamos o tema que foi estudado na nossa última reunião no grupo de estudos André Luiz no dia 15 e 22 de Abril.
Diferente categoria de mundos habitados
Do ensino dado
pelos Espíritos, resulta que muito diferentes umas das outras são as condições
dos mundos, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus
habitantes. [...]. Nos mundos inferiores, a existência é toda material, reinam
soberanas as paixões, sendo quase nula a vida moral. À medida que está se
desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que, nos mundos
mais adiantados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual.
1. Mundos Primitivos
Tomada a Terra
pôr termo de comparação, pode-se fazer ideia do estado de um mundo inferior,
supondo os seus habitantes na condição das raças selvagens ou das nações
bárbaras que ainda entre nós se encontram, restos do estado primitivo do nosso
orbe. Nos mais atrasados, são de certo modo rudimentares os seres que os
habitam. Revestem a forma humana, mas sem nenhuma beleza. Seus instintos não
têm a abrandá-los qualquer sentimento de delicadeza ou de benevolência, nem as
noções do justo e do injusto. A força bruta é, entre eles, a única lei. Carentes
de indústrias e de invenções, passam a vida na conquista de alimentos. Deus,
entretanto, a nenhuma de suas criaturas abandona; no fundo das trevas da
inteligência jaz, latente, a vaga intuição, mais ou menos desenvolvida, de um
Ente supremo.
2. Mundos de Expiação e Provas
São mundos
onde domina o mal, destinados aos espíritos que necessitam expiar as faltas
cometidas em suas encarnações anteriores. A variedade desses mundos é infinita,
[...] mas revelando todos, como caráter comum, o servirem de lugar de exílio
para Espíritos rebeldes à lei de Deus. Esses Espíritos têm aí de lutar, ao
mesmo tempo, com a perversidade dos homens e com a inclemência da Natureza,
duplo e árduo trabalho que simultaneamente desenvolve as qualidades do coração
e as da inteligência.
O Bem e o Mal
Moral é, no dizer dos Espíritos que
participaram da Codificação Espírita, “(...) a regra de bem proceder, isto é,
de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O homem
procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus.
”
Isto porque fazer o bem é agir “(...)
conforme à Lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário. Assim, fazer o bem é
proceder de acordo com a lei de Deus. Fazer o mal é infringi-la. ” Pela
inteligência, e acreditando em Deus, pode o homem distinguir o que é certo do que
é errado.
“Deus promulgou leis plenas de sabedoria,
tendo por único objetivo o bem. Em si mesmo encontra o homem tudo o que lhe é
necessário para cumpri-las. A consciência lhe traça a rota, a lei divina lhe
está gravada no coração e, ao demais, Deus lhe lembra constantemente por
intermédio de seus messias e profetas, de todos os Espíritos encarnados que
trazem a missão de o esclarecer, moralizar e melhorar e, nestes últimos tempos,
pela multidão dos Espíritos desencarnados que se manifestam em toda parte. Se o
homem se conformasse rigorosamente com as leis divinas, não há duvidar de que
se pouparia aos mais agudos males e viveria ditoso na Terra. Se assim não
procede, é por virtude do seu livre-arbítrio: sofre então as consequências do
seu proceder. ”
“Entretanto, Deus, todo bondade, pôs o
remédio ao lado do mal, isto é, faz que do próprio mal saia o remédio. Um
momento chega em que o excesso do mal moral se torna intolerável e impõe ao
homem a necessidade de mudar de vida. Instruído pela experiência, ele se sente
compelido a procurar no bem o remédio, sempre por efeito do seu livre-arbítrio.
Quando toma melhor caminho, é por sua vontade e porque reconheceu os
inconvenientes do outro. A necessidade, pois, o constrange a melhorar-se
moralmente, para ser mais feliz, do mesmo modo que o constrangeu a melhorar as
condições materiais da sua existência. ” A prática do bem esta, pois,
relacionada com o grau de responsabilidade do homem; com o progresso, o mal
decrescerá automaticamente. ”(...) O mal moral (...) tem um caráter relativo e
passageiro; é a condição da alma ainda criança que se ensaia para a vida. Pelo
simples fato dos progressos feitos, vai pouco a pouco diminuindo, desaparece,
dissipa-se à medida que a alma sobe os degraus que conduzem ao poder, à
virtude, à sabedoria!
Então a justiça patenteia-se no Universo;
deixa de haver eleitos e réprobos; sofrem todos as consequências de seus atos,
mas todos reparam, resgatam e, cedo ou tarde. Se regeneram para evolverem desde
os mundos obscuros e materiais até a Luz Divina (...).
O mal não tem, pois, existência real, não há
mal absoluto no Universo, mas em toda a parte a realização vagarosa e
progressiva de um ideal superior (...). Por toda a parte, a grande lida dos
seres trabalhando para desenvolver em si, à custa de imensos esforços, a
sensibilidade, o sentimento, a vontade, o amor! (...)”
Diálogo de Jesus com o apóstolo Tadeu-
Livro Boa Nova
— Senhor, os
espíritos do mal são também nossos irmãos? inquiriu, admirado, o apóstolo.
— Toda a
criação é de Deus. Os que vestem a túnica do mal envergarão um dia a da
redenção pelo bem. Acaso, poderias duvidar disso? O discípulo do Evangelho não
combate propriamente o seu irmão, como Deus nunca entra em luta com seus
filhos; aquele apenas combate toda manifestação de ignorância, como o Pai que
trabalha incessantemente pela vitória do seu amor, junto da humanidade inteira.
— Mas, não
seria justo ajuntou o discípulo, com certa convicção — convocarmos todos os
gênios malfazejos para que se convertessem à verdade dos céus?
O Mestre, sem
se surpreender com essa observação, disse:
É
indispensável meditar na lição de Nosso Pai e não estacionar a meio do caminho
que percorremos. Os inimigos do reino se empenham em batalhas sangrentas? Não
olvides o teu próprio trabalho. Padecem no inferno das ambições desmedidas?
Caminha para Deus. Lançam a perseguição contra a verdade? Tens contigo a
verdade divina que o mundo não te poderá roubar, nunca. Os grandes patrimônios
da vida não pertencem às forças da Terra, mas às do Céu. O homem, que dominasse
o mundo inteiro com a sua força, teria de quebrar a sua espada sangrenta, ante
os direitos inflexíveis da morte. E, além desta vida, ninguém te perguntará
pelas obrigações que tocam a Deus, mas, unicamente, pelo mundo interior que te
pertence a ti mesmo, sob as vistas amoráveis de Nosso Pai Mas vais aprender, ainda hoje, que o homem do
mundo é mais frágil do que perverso.
Ministro Sânzio no Livro Ação e Reação
O
bem, meu amigo, é o progresso e a felicidade, a segurança e a justiça para
todos os nossos semelhantes e para todas as criaturas de nossa estrada, aos
quais devemos empenhar as conveniências de nosso exclusivismo, mas sem qualquer
constrangimento por parte de ordenações puramente humanas, que nos colocariam
em falsa posição no serviço, por atuarem de fora para dentro, gerando, muitas
vezes, em nosso cosmo interior, para nosso preju- ízo, a indisciplina e a
revolta. O bem será, desse modo, nossa decidida cooperação com a Lei, a favor
de todos, ainda mesmo que isso nos custe a renunciação mais completa, visto não
ignorarmos que, auxiliando a Lei do Senhor e agindo de conformidade com ela,
seremos por ela ajudados e sustentados no campo dos valores imperecíveis. E o
mal será sempre representado por aquela triste vocação do bem unicamente para
nós mesmos, a expressar-se no egoísmo e na vaidade, na insensatez e no orgulho
que nos assinalam a permanência nas linhas inferiores do espírito. Ministro ajuntou:
–
Possuímos em Nosso Senhor Jesus-Cristo o paradigma do Eterno Bem sobre a Terra.
Tendo dado tudo de si, em benefício dos outros, não hesitou em aceitar o
supremo sacrifício no auxílio a todos, para que o bem de todos prevalecesse,
ainda mesmo que a ele, em particular, se reservassem a incompreensão e o sofrimento,
a flagelação e a morte.