30 de março de 2016 - Compartilhamos abaixo os textos usados em nosso estudo, realizado em conjunto com os grupos André Luiz e Joanna de Ângelis.
03 - AS PORTAS CELESTES (Pontos e Contos)
O grupo de desencarnados errava nas esferas inferiores.
Integravam-no alguns cristãos de
escolas diversas, estranhando a indiferença do Céu...
Onde os Anjos e Tronos, os Arcanjos e Gênios do paraíso, que
não se aprestavam para
recebê-los?
Em torno, sempre a neblina espessa, a penumbra indefinível.
Onde o refúgio da paz, o asilo
de recompensa?
Depois da surpresa, a revolta; após a revolta, a queixa.
Finda a queixa, veio o sofrimento
construtivo e com esse surgiu a prece.
Em seguida à oração, eis que aparece a resposta. Iluminado
mensageiro, em vestidura
resplandecente, desafia a sombra da planície, fazendo-se
visível em alto cume.
Prosternam-se os peregrinos à pressa. Seria o próprio Jesus?
Não seria?
Ante a perturbação que os acometera, o emissário tomou a
palavra e esclareceu, fraterno:
– Paz em nome do Senhor, a quem endereçastes vosso apelo.
Vossas súplicas foram
ouvidas.
Que desejais?
– Anjo celeste – falou um deles –, pois não vês?!... Estamos
rotos, exaustos, vencidos, nós,
que fomos crentes fervorosos no mundo. Onde se encontra o
Redentor que não nos salva, o
Príncipe da Luz, que nos deixa em plena treva? Que
desejamos? nada mais que o prêmio da
luta...
Não pôde prosseguir. Ondas de lágrimas invadiram-lhe os
olhos, sufocando-lhe a garganta e
contagiando os companheiros que se desfizeram em pranto
dorido.
O preposto do Cristo, contudo, manteve-se imperturbável e
considerou:
– A Justiça Divina nunca falhou no Universo.
– Ah! mas nós sofremos – replicou o interlocutor aliviado –
e certamente somos vítimas de
algum esquecimento que esperamos seja reparado.
O ministro de Jesus não se deixou impressionar e voltou a
dizer:
– Vejamos. Respondei-me em sã consciência:
Quando encarnados, amastes a Deus, sobre todas as coisas,
com toda a alma e
entendimento?
Se estivessem à frente de autoridade comum, provavelmente os
interpelados buscariam
tergiversar, fugindo à verdade. A luz divina do emissário,
porém, penetrava-lhes o âmago do
ser. Decorrido um instante de pesada expectação, informaram
todos a um só tempo:
– Não.
– Considerastes os interesses do próximo como se vos
pertencessem?
Novo momento de luta íntima e nova resposta sincera:
– Não.
– Negastes a personalidade egoística, suportastes vossa cruz
e seguistes o Mestre?
– Não.
– Colocastes a Vontade Divina acima de vossos desejos?
– Não.
– Fizestes brilhar em vós, na Terra, a luz que o Céu vos
conferiu?
– Não.
– Auxiliastes vossos inimigos, orastes pelos que vos
perseguiram, ministrastes o bem aos
que vos caluniaram e dilaceraram?
– Não.
– Perdoastes setenta vezes sete vezes?
– Não.
– Fostes fiéis ao Pai até ao fim?
– Não.
– Vencestes os dragões da discórdia e da vaidade?
– Não.
– Carregastes as cargas uns dos outros?
– Não.
O mensageiro fixou benevolente gesto com as mãos e, mostrando
olhar mais doce,
observou, depois de comprida pausa:
– Se em dez das lições do Divino Mestre não aprendestes
nenhuma, com que direito
invocais o seu nome? Acreditais, porventura, que Ele nos
tenha ensinado algo em vão?
Os infortunados puseram-se a chorar, com mais força, e um
deles objetou :
– Que será de nós? quem nos socorrerá, se tínhamos crença
verdadeira?!...
– Sim – tornou o representante do Cristo –, não contesto.
Entretanto, como interpretar o
possuidor do bom livro que nunca lhe examinou as páginas?
Como definir o aluno que
gastou possibilidades e tempo da escola, sem jamais aplicar
as lições no terreno prático?
– Oh! anjo bom, contudo, nós já morremos na Terra!... –
acrescentou a voz triste do irmão
desencantado, entre a aflição e a amargura.
O mensageiro, porém, rematou com serenidade:
– Diariamente, milhões de almas humanas abandonam a carne e
tornam a ela, no
aprendizado da verdadeira vida. Quem morre no mundo
grosseiro perde apenas a forma
efêmera. O que importa no plano espiritual não é o “interromper”
ou o “recomeçar” da
experiência e, sim, a iluminação duradoura para a vida
imortal. Não percais tempo, buscando
novos programas, quando nem mesmo iniciastes a execução dos
velhos ensinamentos.
Aprendiz algum tem o direito de invocar a presença do
Mestre, de novo, antes de atender as
lições anteriormente indicadas. Voltai e aprendei! Não
existe outro caminho para a distração
voluntária.
Nesse mesmo instante, o enviado tornou ao plano de onde
viera, enquanto os peregrinos, ao
invés de prosseguirem viagem para mais alto, obedeciam ao
impulso irresistível que os
conduzia para mais baixo.
06 - O DOENTE GRAVE (Pontos e Contos)
Uma alma atormentada de Mãe, conduzida ao Céu, nas asas
blandiciosas do sono, esbarrou
ante as resplandecentes visões do Paraíso.
Um anjo solícito recebeu-a no pórtico.
– Anjo amigo – disse ela em voz súplice –, sou mãe na Terra
e tenho dois filhos. Rogo para
ambos as bênçãos de Deus, generosas e augustas.
acrescentou, ansiosamente :
– Venho até aqui pedir, em particular, por um deles que,
desde muito tempo, se encontra
gravemente enfermo, entre a morte e a vida. Todo o meu
carinho, todos os recursos médicos
têm sido ineficazes. Não posso tolerar, por mais tempo, as
lágrimas dolorosas que me
afligem o coração. Digne-se o Todo-Poderoso, por vosso
intermédio, conceder-me a graça
de vê-la restituído à saúde.
O emissário das Esferas Superiores pensou um instante e
interrogou:
– Qual de teus dois filhos se encontra mais unido a Deus?
– Meu pobre filhinho doente – respondeu a recém-chegada –,
pois que medita na grandeza
do Pai Celeste, dia e noite. É com o Seu nome que se submete
aos remédios amargos e é
esperando no Senhor que vê despontar cada aurora. No
sofrimento que lhe desintegra as
forças, dirige-se ao Céu com tamanho fervor que se lhe
pressente, de maneira inequívoca, a
ligação com o Pai Amoroso e Invisível.
– E o outro? – indagou o mensageiro divino.
– Esse – esclareceu a pedinte, um tanto confundida, qual se
lhe fora impossível dissimular –,
é um homem feliz nos negócios do mundo. Como é favorecido da
sorte, parece não sentir
necessidade de procurar o socorro da Providência Divina...
– Qual deles entende a sublime significação do trabalho? –
interpelou o emissário
novamente.
– O enfermo, atirado à imobilidade, guarda profunda
compreensão, com respeito às virtudes
excelsas do espírito de serviço. Refere-se, constantemente,
aos bens do esforço e edifica
quantos lhe ouvem a palavra, tocada de dolorosas
experiências.
– E o outro?
– Talvez pelo gênero de vida a que se consagra deixou de ver
as belezas da ação própria.
Dispondo de muitos servidores, descansa nos trabalhos
alheios. Não conhece o radioso
convite da manhã, porque se levanta do leito demasiado
tarde, nos hotéis de luxo, e
permanece estranho às bênçãos da noite, de vez que o corpo,
saciado em mesas opíparas e
extravagantes, não lhe confere oportunidade de sentir as
sugestões santificadoras da
Natureza.
– Qual deles percebe o imperativo de confraternização com os
homens, nossos irmãos? –
tornou o mensageiro sorrindo, bondoso.
– O que está preso à enfermidade angustiosa recebe os amigos
de qualquer posição social,
com indisfarçável reconhecimento. Recolhe as expressões de
carinho com lágrimas de
alegria a lhe saltarem dos olhos. Emociona-se com a menor
gentileza de que é objeto e
parece deter, agora, um laço de amor forte e sincero, mesmo
para com aqueles que, em
outro tempo, lhe foram inimigos ou perseguidores.
– E o outro?
– Os favores do mundo – comentou nobremente a palavra
maternal – isolam-lhe a
personalidade, a distância dos júbilos domésticos, em rodas
restritas e fantasiosas ou nas
regiões elegantes, onde rolem fortunas iguais à dele.
Assediado pelos empenhos do mundo
social, cujas idéias se modificam à feição do vento, nunca
encontra tempo necessário para
sondar os sentimentos afetivos dos companheiros que o Céu
lhe enviou à senda comum.
O anjo atento passou a refletir, com grande interesse, e
argüiu, de novo:
– Para qual deles rogas a bênção de Deus, em particular?
– Em favor do pobrezinho que agoniza no leito – informou a
ternura materna.
O enviado da Providência fixou-a com extrema bondade e
concluiu, com sabedoria :
– Volta à Terra e reconsidera as atitudes do teu carinho! O
enfermo do corpo vai muito bem;
já entende a necessidade de união com o Divino Pai e o que
distingue, em verdade, os
homens uns dos outros, é o grau de suas relações com a vida
mais alta. Renova, pois, os
votos de tuas preces ardentes, porque o doente grave é o
outro.
26 - O SEGREDO DA JUVENTUDE (Contos Desta e Doutra Vida)
Formoso Anjo da Justiça, na Balança do Tempo, recebia
pequena multidão de Espíritos
recém-desencarnados na Terra.
Eram todos eles pessoas maduras, em torno das quais o
Ministro da Lei deveria emitir um
juízo rápido, como introdução a mais ampla análise, assim
como um magistrado terreno que,
na fase inicial de um processo, pode formular um despacho
saneador.
Velhos gotosos e dementados, abatidos e caquéticos,
demonstrando evidentes sinais de
angústia, congregavam-se ali, guardando os característicos
das enfermidades que lhes
haviam marcado o corpo.
Muitos choravam à feição de crianças medrosas, outros
comprimiam o coração com a destra
enrijecida, ao passo que outros muitos se erguiam com imensa
dificuldade, arrastando-se,
trêmulos...
As sensações da carne ferreteavam-lhes o íntimo,
detendo-lhes o ser nas amargas
recordações que traziam do mundo.
Conduzidos a exame, sob a custódia de benfeitores abnegados,
acusavam essa ou aquela
diferença para melhor, recebendo uma folha explicativa para
o início das novas tarefas que
os aguardavam no plano Espiritual.
Agora, era um psicopata recobrando a lucidez; depois, era um
hemiplégico retomando o
equilíbrio...
Entretanto, os traços da velhice corpórea perseveravam quase
intactos, decerto, longo tempo
na vida nova para serem devidamente desintegrados.
Em derradeiro lugar, no entanto, aproximou-se do Anjo pobre
velhinha, humilde e triste.
Os cabelos de prata e as rugas que lhe desfiguravam o rosto
denunciavam-lhe
aproximadamente oitenta anos de luta física.
Trazida, contudo, à grande balança, oh! divina surpresa!...
De anotação em anotação, faziase
mais jovem, até que, abençoada pelo sorriso do Aferidor
Angélico, a estranha anciã
converteu-se em bela menina e moça, nos vinte anos
primaveris.
Toda a assembléia vibrou de felicidade, ante o quadro
inesquecível.
Intrigado, abeirei-me de antigo orientador e perguntei pela
razão da inesperada
metamorfose.
O esclarecido mentor pediu a ficha da celestial criatura,
para socorro de minha ignorância, e,
na folha branca e leve, pude ler, admirado:
Nome - Leocádia Silva.
Profissão – Educadora.
Existência Terrestre – 701.280 horas.
Aplicação das Horas:
Serviço de auto-assistência para a justa garantia no campo
da evolução:
1 – Mocidade
Laboriosa....................................................................
175.200
2 – Magistério
digno..........................................................................
65.700
3 – Alimentação e
higiene................................................................. 43.800
4 – Estudo proveitoso e atividades
religiosas................................... 41.900
5 – Repouso necessário ao refazimemento.....................................
109.500
Serviço extra,
completamente gratuito, em favor do próximo:
1 – Devotamento aos
necessitados................................................... 85.100
2 – Movimentação fraterna em missõesde
auxílio............................. 32.840
3 – Noites de vigília em solidariedade aos
enfermos......................... 33.000
4 – Conversação sadia no amparo moral
genuíno............................. 54.750
5 – Variadas tarefas de
caridade......................................................... 59.490
---------
Total –
Horas..................... 701.280
- Compreendeu? –
disse-me o orientador, sorridente.
E, ante o meu
insopitável assombro, concluiu:
- Quem dá o seu próprio tempo, a benefício dos outros, não
conta tempo na própria, idade no
sentido de envelhecer. Leocádia cedeu todas as suas horas
disponíveis no socorro aos
irmãos do mundo. Os dias não lhe pesam, assim, sobre os
ombros da alma...
Meu interlocutor
afastou-se, lépido, para felicitar a heroína, e, contemplando, enlevado, o
semblante radioso do Mensageiro Sublime que presidia à
Grande reunião, compreendi o
motivo pelo qual os Anjos do Amor Divino revelam em si a
suprema-beleza da juventude
eterna.
11 - SERVIÇO E TEMPO (Cartas e Crônicas)
A senhora Juvercina Trajano era um prodígio de minudências.
Aos quase sessenta de idade, reafirmava a sua condição de
missionária do Cristo, no
amparo à infância, com particularidades preciosas de
informação.
Espírita fervorosa, sabia-se reencarnada para o desempenho
de grande tarefa. Cabia-lhe
socorrer crianças desprotegidas. Antevia a obra imensa.
Mentalizava-se rodeada de
pequeninos a lhe rogarem ternura. Enternecia-se ao narrar as
próprias recordações da sua
vida de Espírito, antes do berço, pois Dona Juvercina
chegava a lembrar-se do tempo em
que se via, no Plano Espiritual, preparando a existência
física em que se reconhecia
habilitada ao grande empreendimento. Revia-se em companhia
de vários benfeitores
desencarnados, visitando instituição assistencial de zonas
inferiores e anotando dezenas de
Espíritos, positivamente desorientados e inferiores, aos
quais prestaria auxílio eficiente,
depois de reinstalada na Terra.
E a senhora Trajano explicava, vezes e vezes, para os amigos
admirados.
- Torno a ver o sítio escuro e esquisito, como se fôsse
agora... Um vale extenso, repleto de
almas agoniadas, necessitando retornar a experiência do
mundo, à feição de alunos
aguardando ansiosamente os benefícios da escola. Creiam que ouço
ainda a voz do instrutor
paternal que me dizia ser o irmão Ambrósio, a falar-me
confiantemente: - “Sim, minha irmã,
você renascerá na Terra com a missão de patrocinar crianças
em abandono, sofrimento...
Deste recanto de aprendizado, partirão oitenta Espíritos
transviados, mas sequiosos de
esclarecimento e de amor, ao encontro de seus braços... Você
organizará para eles um lar
regenerador. Não lhe faltarão recursos para situá-los no
ambiente preciso. Volte à Terra e
trabalhe... Compreenda que para assegurar os alicerces de
sua obra, você carregará a
responsabilidade sobre o reajuste de oitenta irmãos nossos,
desorientados e enfermos que
tomarão, depois de você, o corpo carnal para o esforço
restaurativo... Seguirão eles, a pouco
e pouco, sob nossa vigilância, na direção de seu
carinho!...”
A senhora Trajano alinhava reminiscências, entre
entusiasmada e comovida. E, realmente,
desde os trinta e dois de idade, iniciara, com êxito, a
construção de um lar para os rebentos
do infortúnio.
O empreendimento, lançado por ela em terreno fértil,
encontrara a melhor acolhida.
Corações nobres haviam chegado, colocando-lhe nas mãos os
recursos imprescindíveis.
Facilidades, ofertas, dinheiro e cooperação.
Em cinco anos, erguera-se o vasto domicílio, simples sem
penúria e confortável sem
excesso. Juvercina, todavia, se fizera exigente e, por isso,
conquanto a casa se patenteasse
digna e pronta, prosseguia descobrindo detalhes que
considerava de especial importância.
Nunca se sentia com bastante conforto para albergar as
dezenas de crianças desventuradas
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que lhe batiam às portas. Depois do edifício acabado, quis
aumentá-lo. Efetuados
numerosos acréscimos, reclamou mais terras. Compradas as
terras, decidiu a formação de
pomares. Multiplicaram-se campanhas, projetos, apelos e
doações. Mas não ficou nisso.
Resolveu modificar, por várias vezes, o sistema de água, a
iluminação, a estrutura das
paredes, os tetos e os pisos. Deliberou experimentar
sementeiras diferentes, em hortas e
jardins, reformando-as, insatisfeita. Quando tudo fazia
prever a inauguração, solicitou
varandas e pérgulas, além de galpões e caprichosas calçadas.
Se a obra não se alterava por
dentro, surgiam as novidades de fora. E vinte e seis anos
passaram na expectativa.
Todo esse tempo se desdobrava em pormenores e pormenores,
quando, na reunião
mediúnica semanal de que era ela companheira solícita,
compareceu, por um dos médiuns
psicofônicos, o Irmão Ambrósio em pessoa. Partilhando a
surpresa dos circunstantes, Dona
Juvercina chorou, empolgada. Aquela voz... Conhecia aquela
voz...
O mensageiro exortou-a ao cumprimento da promessa e
explanou, com elegância e beleza,
sobre as necessidades da infância, no estágio da
reencarnação terrestre.
Juvercina escutou e escutou, mas, percebendo que a palavra
do instrutor continha para ela
expressiva inflexão de advertência, indagou, respeitosa,
quando o comunicante se dispunha
a despedir-se:
- Irmão Ambrósio, não estarei sendo leal a mim mesma? O
irmão admite que me mantenho
fiel às obrigações que abracei?
O interlocutor fixou inesquecível gesto de brandura e
respondeu com a bondade de um pai
que aconselha uma filha:
- Sim, minha irmã, você tem sido muito exata no programa
traçado, tem trabalhado e sofrido
pela obra, mas não se esqueça do tempo... As horas são
empréstimos preciosos!...
E acrescentou sob o espanto geral:
- Trinta Espíritos necessitados de recondução e assistência,
dos oitenta que você
comprometeu a socorrer e reeducar, são agora delinqüentes de
novo... Dois são obsidiados
perigosos na via pública, seis estão fichados por doentes
mentais em penitenciárias e os
restantes vinte e dois se encontram internados em diversas
cadeias
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