sexta-feira, 12 de maio de 2017

A realeza de Jesus

Meu Reino não é deste mundo (Cap II ESE) parte 2





4. Que não é deste mundo o reino de Jesus todos compreendem,
mas também na Terra não terá Ele uma realeza? Nem sempre o título de
rei implica o exercício do poder temporal. Dá-se esse título, por unânime
consenso, a todo aquele que, pelo seu gênio, ascende à primeira plana
numa ordem de ideias quaisquer, a todo aquele que domina o seu século e
influi sobre o progresso da Humanidade. É nesse sentido que se costuma
dizer: o rei ou príncipe dos filósofos, dos artistas, dos poetas, dos escritores
etc. Essa realeza, oriunda do mérito pessoal, consagrada pela posteridade,
não revela, muitas vezes, preponderância bem maior do que a que cinge
a coroa real? Imperecível é a primeira, enquanto esta outra é joguete das
vicissitudes; as gerações que se sucedem à primeira sempre a bendizem, ao
passo que, por vezes, amaldiçoam a outra. Esta, a terrestre, acaba com a
vida; a realeza moral se prolonga e mantém o seu poder, governa, sobretudo,
após a morte. Sob esse aspecto não é Jesus mais poderoso rei do que os
potentados da Terra? Razão, pois, lhe assistia para dizer a Pilatos, conforme
disse: “Sou rei, mas o meu reino não é deste mundo.”

Meu Reino não é deste mundo



Meu Reino não é deste mundo 


1. Pilatos, tendo entrado de novo no palácio e feito vir Jesus à sua presença, perguntou-
lhe: “És o rei dos judeus?” — Respondeu-lhe Jesus: “Meu reino não é deste
mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, a minha gente houvera combatido para
impedir que eu caísse nas mãos dos judeus; mas o meu reino ainda não é aqui.”
Disse-lhe então Pilatos: “És, pois, rei?” — Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes; sou
rei; não nasci e não vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade.
Aquele que pertence à verdade escuta a minha voz.” (João, 18:33, 36 e 37.)












2.
Por essas palavras, Jesus claramente se refere à vida futura, que
Ele apresenta, em todas as circunstâncias, como a meta que a Humanidade
irá ter e como devendo constituir objeto das maiores preocupações
do homem na Terra. Todas as suas máximas se reportam a esse grande
princípio. Com efeito, sem a vida futura, nenhuma razão de ser teria a
maior parte dos seus preceitos morais, donde vem que os que não creem
na vida futura, imaginando que Ele apenas falava na vida presente, não
os compreendem, ou os consideram pueris.
Esse dogma pode, portanto, ser tido como o eixo do ensino do Cristo,
pelo que foi colocado num dos primeiros lugares à frente desta obra. É que
ele tem de ser o ponto de mira de todos os homens; só ele justifica as anomalias
da vida terrena e se mostra de acordo com a Justiça de Deus.
3. Apenas ideias muito imprecisas tinham os judeus acerca da vida
futura. Acreditavam nos anjos, considerando-os seres privilegiados da Criação;
não sabiam, porém, que os homens podem um dia tornar-se anjos e
partilhar da felicidade destes. Segundo eles, a observância das Leis de Deus
era recompensada com os bens terrenos, com a supremacia da nação a que
pertenciam, com vitórias sobre os seus inimigos. As calamidades públicas
e as derrotas eram o castigo da desobediência àquelas leis. Moisés não pudera
dizer mais do que isso a um povo pastor e ignorante, que precisava
ser tocado, antes de tudo, pelas coisas deste mundo. Mais tarde, Jesus lhe
revelou que há outro mundo, onde a Justiça de Deus segue o seu curso.
É esse o mundo que Ele promete aos que cumprem os mandamentos de
Deus e onde os bons acharão sua recompensa. Aí o seu reino; lá é que Ele
se encontra na sua glória e para onde voltaria quando deixasse a Terra.
Jesus, porém, conformando seu ensino com o estado dos homens de
sua época, não julgou conveniente dar-lhes luz completa, percebendo que
eles ficariam deslumbrados, visto que não a compreenderiam. Limitou-se
a, de certo modo, apresentar a vida futura apenas como um princípio,
como uma Lei da Natureza a cuja ação ninguém pode fugir. Todo cristão,
pois, necessariamente crê na vida futura; mas a ideia que muitos fazem dela
é ainda vaga, incompleta e, por isso mesmo, falsa em diversos pontos. Para
grande número de pessoas, não há, a tal respeito, mais do que uma crença,
balda de certeza absoluta, donde as dúvidas e mesmo a incredulidade.
O Espiritismo veio completar, nesse ponto, como em vários outros,
o ensino do Cristo, fazendo-o quando os homens já se mostram maduros
bastante para apreender a verdade. Com o Espiritismo, a vida futura deixa
de ser simples artigo de fé, mera hipótese; torna-se uma realidade material,
que os fatos demonstram, porquanto são testemunhas oculares os que a
descrevem nas suas fases todas e em todas as suas peripécias, e de tal sorte
que, além de impossibilitarem qualquer dúvida a esse propósito, facultam
à mais vulgar inteligência a possibilidade de imaginá-la sob seu verdadeiro
aspecto, como toda gente imagina um país cuja pormenorizada descrição
leia. Ora, a descrição da vida futura é tão circunstanciadamente feita, são
tão racionais as condições, ditosas ou infortunadas, da existência dos que
lá se encontram, quais eles próprios pintam, que cada um, aqui, a seu mau
grado, reconhece e declara a si mesmo que não pode ser de outra forma,
porquanto, assim sendo, patente fica a verdadeira Justiça de Deus.


 

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Oração dominical



Oração dominical 



2. Prefácio. Os Espíritos recomendaram que, encabeçando esta coletânea,
puséssemos a Oração dominical, não somente como prece, mas
também como símbolo. De todas as preces, é a que eles colocam em primeiro
lugar, seja porque procede do próprio Jesus (Mateus, 6:9 a 13), seja
porque pode suprir a todas, conforme os pensamentos que se lhe conjuguem;
é o mais perfeito modelo de concisão, verdadeira obra-prima de
sublimidade na simplicidade. Com efeito, sob a mais singela forma, ela
resume todos os deveres do homem para com Deus, para consigo mesmo e
para com o próximo. Encerra uma profissão de fé, um ato de adoração e de
submissão; o pedido das coisas necessárias à vida e o princípio da caridade.
Quem a diga, em intenção de alguém, pede para este o que pediria para si.
Contudo, em virtude mesmo da sua brevidade, o sentido profundo
que encerram as poucas palavras de que ela se compõe escapa à maioria das
pessoas. Daí vem o dizerem-na, geralmente, sem que os pensamentos se
detenham sobre as aplicações de cada uma de suas partes. Dizem-na como
uma fórmula cuja eficácia se ache condicionada ao número de vezes que
seja repetida. Ora, quase sempre esse é um dos números cabalísticos: três,
sete ou nove, tomados à antiga crença supersticiosa na virtude dos números
e de uso nas operações da magia.
Para preencher o que de vago a concisão desta prece deixa na mente,
a cada uma de suas proposições aditamos, aconselhado pelos Espíritos e
com a assistência deles, um comentário que lhes desenvolve o sentido e
mostra as aplicações. Conforme, pois, as circunstâncias e o tempo de que
disponha, poderá, aquele que ore, dizer a Oração dominical, ou na sua
forma simples, ou na desenvolvida.

3. Prece

– I. Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome!
Cremos em ti, Senhor, porque tudo revela o teu poder e a tua bondade.
A harmonia do Universo dá testemunho de uma sabedoria, de uma
prudência e de uma previdência que ultrapassam todas as faculdades humanas.
Em todas as obras da Criação, desde o raminho de erva minúscula
e o pequenino inseto, até os astros que se movem no Espaço, o nome se
acha inscrito de um ser soberanamente grande e sábio. Por toda parte se
nos depara a prova de paternal solicitude. Cego, portanto, é aquele que
te não reconhece nas tuas obras, orgulhoso aquele que te não glorifica e
ingrato aquele que te não rende graças.

II. Venha o teu reino!

Senhor, deste aos homens leis plenas de sabedoria e que lhes dariam
a felicidade, se eles as cumprissem. Com essas leis, fariam reinar entre si
a paz e a justiça e mutuamente se auxiliariam, em vez de se maltratarem,
como o fazem. O forte sustentaria o fraco, em vez de o esmagar. Evitados
seriam os males, que se geram dos excessos e dos abusos. Todas as misérias
deste mundo provêm da violação de tuas leis, porquanto nenhuma infração
delas deixa de ocasionar fatais consequências.
Deste ao bruto o instinto, que lhe traça o limite do necessário, e ele
maquinalmente se conforma; ao homem, no entanto, além desse instinto,
deste a inteligência e a razão; também lhe deste a liberdade de cumprir ou
infringir aquelas das tuas leis que pessoalmente lhe concernem, isto é, a
liberdade de escolher entre o bem e o mal, a fim de que tenha o mérito e a
responsabilidade das suas ações.
Ninguém pode pretextar ignorância das tuas leis, pois, com paternal
previdência, quiseste que elas se gravassem na consciência de cada um, sem
distinção de cultos, nem de nações. Se as violam, é porque as desprezam.
Dia virá em que, segundo a tua promessa, todos as praticarão. Desaparecido
terá, então, a incredulidade. Todos te reconhecerão por soberano
Senhor de todas as coisas, e o reinado das tuas leis será o teu reino na Terra.
Digna-te, Senhor, de apressar-lhe o advento, outorgando aos homens
a luz necessária, que os conduza ao caminho da verdade.

III. Faça-se a tua vontade, assim na Terra como no Céu.

Se a submissão é um dever do filho para com o pai, do inferior para
com o seu superior, quão maior não deve ser a da criatura para com o seu
Criador! Fazer a tua vontade, Senhor, é observar as tuas leis e submeter-se,
sem queixumes, aos teus decretos. O homem a ela se submeterá, quando
compreender que és a fonte de toda a sabedoria e que sem ti ele nada pode.
Fará, então, a tua vontade na Terra, como os eleitos a fazem no Céu.

IV. Dá-nos o pão de cada dia.

Dá-nos o alimento indispensável à sustentação das forças do corpo;
mas dá-nos também o alimento espiritual para o desenvolvimento
do nosso Espírito.
O bruto encontra a sua pastagem; o homem, porém, deve o sustento à
sua própria atividade e aos recursos da sua inteligência, porque o criaste livre.
Tu lhe hás dito: “Tirarás da terra o alimento com o suor da tua fronte.”
Desse modo, fizeste do trabalho, para ele, uma obrigação, a fim de que
exercitasse a inteligência na procura dos meios de prover às suas necessidades
e ao seu bem-estar, uns mediante o labor manual, outros pelo labor
intelectual. Sem o trabalho, ele se conservaria estacionário e não poderia
aspirar à felicidade dos Espíritos superiores.
Ajudas o homem de boa vontade que em ti confia, pelo que concerne
ao necessário; não, porém, àquele que se compraz na ociosidade e desejara
tudo obter sem esforço, nem àquele que busca o supérfluo. (Cap. XXV.)
Quantos e quantos sucumbem por culpa própria, pela sua incúria,
pela sua imprevidência, ou pela sua ambição e por não terem querido contentar-
se com o que lhes havias concedido! Esses são os artífices do seu infortúnio
e carecem do direito de queixar-se, pois que são punidos naquilo
em que pecaram. No entanto, nem a esses mesmos abandonas, porque és
infinitamente misericordioso. As mãos lhes estendes para socorrê-los, desde
que, como o filho pródigo, se voltem sinceramente para ti. (Cap. V, item 4.)
Antes de nos queixarmos da sorte, inquiramos de nós mesmos se ela
não é obra nossa. A cada desgraça que nos chegue, cuidemos de saber se
não teria estado em nossas mãos evitá-la. Consideremos também que Deus
nos outorgou a inteligência para nos tirar do lameiro, e que de nós depende
o modo de a utilizarmos.
Pois que à lei do trabalho se acha submetido o homem na Terra,
dá-nos coragem e forças para obedecer a essa lei. Dá-nos também a
prudência, a previdência e a moderação, a fim de não perdermos o
respectivo fruto.
Dá-nos, pois, Senhor, o pão de cada dia, isto é, os meios de adquirirmos,
pelo trabalho, as coisas necessárias à vida, porquanto ninguém tem o
direito de reclamar o supérfluo.
Se trabalhar nos é impossível, à tua divina Providência nos confiamos.
Se está nos teus desígnios experimentar-nos pelas mais duras provações,
malgrado os nossos esforços, aceitamo-las como justa expiação
das faltas que tenhamos cometido nesta existência, ou noutra anterior,
porquanto és justo. Sabemos que não há penas imerecidas e que jamais
castigas sem causa.
Preserva-nos, ó meu Deus, de invejar os que possuem o que não
temos, nem mesmo os que dispõem do supérfluo, ao passo que a nós nos
falta o necessário. Perdoa-lhes, se esquecem a lei de caridade e de amor do
próximo, que lhes ensinaste. (Cap. XVI, item 8.)
Afasta, igualmente, do nosso espírito a ideia de negar a tua justiça,
ao notarmos a prosperidade do mau e a desgraça que cai por vezes sobre
o homem de bem. Já sabemos, graças às novas luzes que te aprouve conceder-
nos, que a tua justiça se cumpre sempre e a ninguém excetua; que a
prosperidade material do mau é efêmera, como a sua existência corpórea,
e que experimentará terríveis reveses, ao passo que eterno será o júbilo daquele
que sofre resignado. (Cap. V, itens 7, 9, 12 e 18.)

V. Perdoa as nossas dívidas, como perdoamos aos que nos devem. Perdoa
as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos ofenderam.

Cada uma das nossas infrações às tuas leis, Senhor, é uma ofensa
que te fazemos e uma dívida que contraímos e que cedo ou tarde teremos
de saldar. Rogamos-te que no-las perdoes pela tua infinita misericórdia,
sob a promessa, que te fazemos, de empregarmos os maiores esforços
para não contrair outras.
Tu nos impuseste por lei expressa a caridade; mas a caridade não
consiste apenas em assistirmos aos nossos semelhantes em suas necessidades;
também consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. Com que
direito reclamaríamos a tua indulgência, se dela não usássemos para com
aqueles que nos hão dado motivo de queixa?
Concede-nos, ó meu Deus, forças para apagar de nossa alma todo
ressentimento, todo ódio e todo rancor. Faze que a morte não nos surpreenda
guardando nós no coração desejos de vingança. Se te aprouver tirar-nos hoje
mesmo deste mundo, faze que nos possamos apresentar, diante de ti, puros
de toda animosidade, a exemplo do Cristo, cujos últimos pensamentos
foram em prol dos seus algozes. (Cap. X.)
Constituem parte das nossas provas terrenas as perseguições que os
maus nos infligem. Devemos, então, recebê-las sem nos queixarmos, como
todas as outras provas, e não maldizer dos que, por suas maldades, nos
rasgam o caminho da felicidade eterna, visto que nos disseste, por intermédio
de Jesus: “Bem-aventurados os que sofrem pela justiça!” Bendigamos,
portanto, a mão que nos fere e humilha, uma vez que as mortificações do
corpo nos fortificam a alma e que seremos exalçados por efeito da nossa
humildade. (Cap. XII, item 4.) Bendito seja teu nome, Senhor, por nos
teres ensinado que nossa sorte não está irrevogavelmente fixada depois da
morte; que encontraremos, em outras existências, os meios de resgatar e de
reparar nossas culpas passadas, de cumprir em nova vida o que não podemos
fazer nesta, para nosso progresso. (Cap. IV, e cap. V, item 5.)
Assim se explicam, afinal, todas as anomalias aparentes da vida. É a
luz que se projeta sobre o nosso passado e o nosso futuro, sinal evidente da
tua justiça soberana e da tua infinita bondade.

VI. Não nos deixes entregues à tentação, mas livra-nos do mal.24

Dá-nos, Senhor, a força de resistir às sugestões dos Espíritos maus, que
tentem desviar-nos da senda do bem, inspirando-nos maus pensamentos.
Somos Espíritos imperfeitos, encarnados na Terra para expiar nossas
faltas e melhorar-nos. Em nós mesmos está a causa primária do mal e os
maus Espíritos mais não fazem do que aproveitar os nossos pendores viciosos,
em que nos entretêm para nos tentarem.
Cada imperfeição é uma porta aberta à influência deles, ao passo
que são impotentes e renunciam a toda tentativa contra os seres perfeitos.
É inútil tudo o que possamos fazer para afastá-los, se não lhes opusermos
decidida e inabalável vontade de permanecer no bem e absoluta renunciação
ao mal. Contra nós mesmos, pois, é que precisamos dirigir os nossos
esforços e, se o fizermos, os maus Espíritos naturalmente se afastarão, porquanto
o mal é que os atrai, ao passo que o bem os repele. (Veja-se adiante:
“Preces pelos obsidiados”.)
Senhor, ampara-nos em nossa fraqueza; inspira-nos, pelos nossos anjos
guardiães e pelos bons Espíritos, a vontade de nos corrigirmos de todas
as imperfeições a fim de obstarmos aos Espíritos maus o acesso à nossa
alma. (Veja-se adiante o item 11.)
O mal não é obra tua, Senhor, porquanto o manancial de todo o
bem nada de mau pode gerar. Somos nós mesmos que criamos o mal, infringindo
as tuas leis e fazendo mau uso da liberdade que nos outorgaste.
Quando os homens as cumprirmos, o mal desaparecerá da Terra, como já
desapareceu de mundos mais adiantados que o nosso.
O mal não constitui para ninguém uma necessidade fatal e só parece
irresistível aos que nele se comprazem. Desde que temos vontade para o fazer,
também podemos ter a de praticar o bem, pelo que, ó meu Deus, pedimos
a tua assistência e a dos Espíritos bons, a fim de resistirmos à tentação.

VII. Assim seja.

Praza-te, Senhor, que os nossos desejos se efetivem, mas curvamo-
nos
perante a tua sabedoria infinita. Que em todas as coisas que nos escapam à
compreensão se faça a tua santa vontade e não a nossa, pois somente queres
o nosso bem e melhor do que nós sabes o que nos convém.
Dirigimos-te esta prece, ó Deus, por nós mesmos e também por todas
as almas sofredoras, encarnadas e desencarnadas, pelos nossos amigos e inimigos,
por todos os que solicitem a nossa assistência e, em particular, por N...
Para todos suplicamos a tua misericórdia e a tua bênção.


Nota – Aqui, podem formular-se os agradecimentos que se queiram dirigir a
Deus e o que se deseje pedir para si mesmo ou para outrem.

Nota de Allan Kardec: Algumas traduções dizem: Não nos induzas à tentação (et ne nos inducas in
tentationem). Essa expressão daria a entender que a tentação promana de Deus; que Ele, voluntariamente,
impele os homens ao mal, ideia blasfematória que igualaria Deus a satanás e que, portanto,
não poderia estar na mente de Jesus. É, aliás, conforme à doutrina vulgar sobre o papel dos demônios.
(Veja-se: O céu e o inferno, 1a Parte, cap. IX, Os demônios.)

Poder da fé

1. Quando Ele veio ao encontro do povo, um homem se lhe aproximou e, lançando- se de joelhos a seus pés, disse: “Senhor, tem piedade d...