Boa tarde amigos! No dia 28 de Outubro de 2014, iniciamos o estudo do tema "Objetivos da Reencarnação". O tema foi abordado com o nosso grupo de iniciantes e abaixo compartilhamos o texto.
A reencarnação revela
a justiça divina porque não permite que sejamos condenados
eternamente por erros
que a ignorância nos fez cometer. Abre-nos, Deus, ao contrário, uma porta para
o arrependimento.
Haveria grande
injustiça, daquele que é o nosso Pai e Criador, se não nos desse chances
de reparar as faltas
cometidas muitas vezes em momentos impensados, frutos da nossa
cegueira e
imperfeição espiritual.
“(...) Não são filhos
de Deus todos os homens? Só entre os egoístas se encontram a iniqüidade, o ódio
implacável e os castigos sem remissão.”
“Todos os Espíritos
tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançála,
proporcionando-lhes
as provações da vida corporal. Sua justiça, porém, lhes concede realizar, em
novas existências o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova.
Não obraria Deus com
eqüidade, nem de acordo com a sua bondade, se condenasse
para sempre os que
talvez hajam encontrado, oriundos do próprio meio onde foram colocados e
alheios à vontade que os animava, obstáculos ao seu melhoramento. (...)” (01)
A razão rejeita a
unicidade da existência humana porque vai contra a justiça, bondade e
sabedoria de Deus. Ao
contrário, a idéia reencarnacionista “(...) isto é, a que consiste em admitir para
o Espírito muitas existências sucessivas, é a única que corresponde à idéia que
formamos da justiça de Deus para com os homens que se acham em condição moral
inferior; a única que pode explicar o futuro e firmar as nossas esperanças,
pois que nos oferece os meios de resgatarmos os nosso erros por novas
provações. A razão no-la indica e os Espíritos a ensinam. (...)” (01)
Além do mais, a
doutrina da reencarnação é enormemente consoladora, pois faz com
que o homem veja em
seu Criador, não um Deus vingador e parcial, mas um Pai amigo e justo. A
criatura se envolve em esperanças de viver dias futuros de felicidade, após a
quitação das dívidas contraídas perante a Bondade Suprema.
Não obstante o
renascimento físico ser um recurso sublime que auxilia a evolução do
homem, “reencarnação
nem sempre é sucesso expiatório, como nem toda luta no campo físico expressa
punição.
Suor na oficina é
acesso à competência.
Esforço na escola é
aquisição de cultura. (...)” (06)
“(...) ao renascermos
na Crosta do Mundo, recebemos com o corpo uma herança sagrada, cujos valores
precisamos preservar, aperfeiçoando-o. As forças físicas devem evoluir como as
nossas almas. Se nos oferecem o vaso de serviço para novas experiências de
elevação, devemos retribuir, com o nosso esforço, auxiliando-as com a luz de
nosso respeito e equilíbrio espiritual, no campo de trabalho e educação
orgânica. O homem do futuro compreenderá que as suas células não representam
apenas segmentos de carne, mas companheiras de evolução, credoras de seu
reconhecimento e auxílio efetivo. (...)” (05)
A crença nas vidas
sucessivas não é coisa nova, criada pela Doutrina Espírita. “(...)
Esta doutrina domina
toda a Antigüidade. Vamos encontrá-la no âmago das grandes religiões do Oriente
e nas obras filosóficas mais puras e elevadas. Guiou na sua marcha as
civilizações do passado e perpetuou-se de idade em idade. (...)
Oriunda da Índia,
espalhou-se pelo mundo. Muito antes de terem aparecido os grandes
reveladores dos
tempos históricos, era ela formulada nos Vedas e notadamente no Bhagavad Gitâ.
O Bramanismo e o Budismo nela se inspiraram (...)”.
“(...) O Egito e a
Grécia adotaram a mesma doutrina. À sombra de um simbolismo
mais ou menos
obscuro, esconde-se por toda parte a universal palingenesia (...)” (ou doutrina
reencarnacionista). (04)
A reencarnação foi
provada através de experiências realizadas por eminentes e pesquisadores de
renome.
Citaremos, a seguir,
alguns fatos extraídos de diversas obras.
No livro O
Fenômeno Espírita, Gabriel Delanne, entre outras, relata, no capítulo 2, a
manifestação do
Espírito Abraham Florentino, ocorrida numa sessão mediúnica organizada pelo
professor Stainton Moses, da Universidade de Oxford. O referido Espírito não só
provou sua existência e sobrevivência após a morte, como citou o local (Nova
lorque), a data (5 de agosto de 1874), a idade (83 anos, 1 mês e 17 dias) da
desencarnação e sua participação na guerra de 1812. Feita uma pesquisa no
quartel-general do estado de Nova lorque, comprovou-se a veracidade das
afirmações do Espírito.
No capítulo 4 da obra
citada, destacam-se as experiências realizadas pelo famoso sábio
inglês William Crookes:
as materializações espirituais, ocorridas através da médium Florence Cook,
permitindo a materialização do Espírito Katie King, são, particularmente,
extraordinárias.
Espírito mostrou-se,
ao longo de três anos, aos olhos dos encarnados e se submeteu
às disciplinadas
experiências do professor, como instrumento do Plano Elevado, numa missão importantíssima
de provar a imortalidade da alma e a doutrina das vidas sucessivas.
A recordação de
existências passadas tem-se mostrado um meio, senão o melhor, pelo
menos um dos mais
completos, para provar a reencarnação. Léon Denis, na obra O Problema do
Ser, do Destino e da Dor, capítulo 14, 2a parte, nos transmite as
experiências de regressão da memória, ocorridas sob efeitos hipnóticos ou
através de estados mórbidos, como por exemplo nas doenças. Neste livro, há o
relato de um caso feito por Dr. Henri Frieborn — e publicado na famosa revista
médica inglesa Lancet — onde uma mulher de 70 anos de idade, gravemente
enferma por uma bronquite, entra num estado de delírio e além de falar numa
língua desconhecida (indostânica), recita versos de uma antiga cantiga hindu
para adormecer crianças, revelando, assim, existência anterior na Índia.
Muito interessante,
no entanto, é a experiência narrada no Congresso Espírita de Paris,
em 1900, por
experimentadores espanhóis e também constante na obra anteriormente citada:
Fernandes Colavida,
presidente do Grupo de Estudos Psíquicos de Barcelona, magnetiza um determinado
médium, o qual além de regredir à juventude e infância, conta como foi sua vida
no Espaço e sua morte, na última reencarnação. Neste estado, consegue regredir
quatro encarnações anteriores.
O Espiritismo,
mantém, nos seus arquivos, um número surpreendente de fatos que
comprovam
experimentalmente a reencarnação. Recomendamos a leitura das seguintes
obras, além das
citadas: A Reencarnação e suas provas, de Carlos lmbassahy e Mário
Cavalcante de Meio, publicada pela Livraria da Federação Espírita do Paraná; 20
casos sugestivos de Reencarnação, de lan Stevenson, publicada pela Editora
Difusora Cultural, São Paulo, 1970 e Reencarnação e Imortalidade, de Hermínio
Miranda, FEB, 1976.
A teoria
reencarnacionista, comprovada experimentalmente, só tem trazido benefícios
para todos aqueles
que a aceitam.
“(...) A alma vê
claramente seu destino, que é a ascensão para a mais alta sabedoria,
para a luz mais viva.
A eqüidade governa o mundo; nossa felicidade está em nossas mãos; deixa de
haver falhas no Universo, sendo o seu alvo a Beleza, seus meios a Justiça e o
Amor.
Dissipa-se, portanto,
todo o temor quimérico, todo o terror do Além. Em vez de recear o futuro, o
homem saboreia a alegria das certezas eternas. Confiado no dia seguinte,
multiplicam-se-lhe as forças; seu esforço para o bem será centuplicado. (...)”.
(02)
Video que foi passado para a turma Programa Transição de 30.09.12 - Reencarnação
Video que foi passado para a turma Programa Transição de 30.09.12 - Reencarnação
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FONTES DE CONSULTA
01 - KARDEC, Allan.
Da Pluralidade das Existências. O Livro dos Espíritos. Trad. de Guillon
Ribeiro. 75 ed. Rio
de Janeiro, FEB, 1994. Parte 2ª. Cap. IV. Perg. 171 e comentário,
págs. 121-122.
02 - DENIS, Léon. A
Lei dos Destinos. In: O Problema do Ser. do Destino e da Dor. 16. ed.
Rio de Janeiro, FEB,
1991. Pág. 299.
03 - As Vidas
Sucessivas. Provas Históricas. In: O Problema do Ser. do Destino e da Dor.
16. ed. Rio de
Janeiro, FEB, 1991. Pág. 268.
04 - Pág. 269.
05 - XAVIER,
Francisco Cândido. Reencarnação. In: Missionários da Luz. Ditado pelo
Espírito André Luiz.
26. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1995. Pág. 223.
06 - Reencarnação.
In: . Religião dos Espíritos. pelo Espírito Emmanuel. 10. ed. Rio de
Janeiro, FEB, 1995,
Pág. 61.
Texto Extraído do Programa II do ESDE Editado
Pela FEB