Boa tarde amigos! No dia 01 de outubro de 2014 com o nosso grupo de estudos intermediário, iniciamos a estudo do tema Vida em família, segue o texto que foi abordado:

A vida familiar deve
ser a vida de todo homem integrado na unidade social, denominada
família. Esta
palavra, família, pode ser conceituada num sentido mais restrito — constituído pelos
nossos familiares consangüíneos — como num sentido mais amplo — o representado por
grupamentos de Espíritos afins, quer intelectual, quer moralmente.
“(...) A família é
abençoada escola de educação moral e espiritual, oficina santificante
onde se lapidam
caracteres; laboratório superior em que se caldeiam sentimentos, estruturam aspirações,
refinam idéias, transformam mazelas antigas em possibilidades preciosas para a elaboração
de misteres edificantes. (...)” (05)
A família é, pois, o
mais prodigioso educandário do progresso humano. A sua importância não se mede
apenas como uma fonte geratriz de seres racionais, mas como oficina de onde se
projetam os homens de bem, os sábios, os benfeitores em geral. “(...) A família
é mais do que um resultante genético... São os ideais, os sonhos, os anelos, as
lutas e árduas tarefas, os sofrimentos e as aspirações, as tradições morais
elevadas que se cimentam nos liames da concessão divina, no mesmo grupo
doméstico onde medram as nobres expressões da elevação espiritual na Terra.
Quando a família
periclita, por esta ou aquela razão, sem dúvida a sociedade está a um
passo do malogro...
(...)” (04)
A vida em família,
para que atinja suas finalidades maiores, deve ser vivenciada dentro
dos padrões de
moralidade, compreensão e solidariedade. “A família é uma instituição divina cuja
finalidade precípua consiste em estreitar os laços sociais, ensejando-nos o
melhor modo de aprendermos a amar-nos como irmãos. (...)” (03)
Por tão
incontestáveis razões, a vida em família, de todas as associações é, talvez, a
mais importante em
virtude da sua função educadora e regenerativa. (06)
Existem duas
modalidades de família e, em conseqüência, duas categorias de laços de
parentescos: as que
procedem da consangüinidade e as que procedem das ligações espirituais.
“Os laços do sangue
não criam forçosamente os liames entre os Espíritos. O corpo procede do corpo,
mas o Espírito não procede do Espírito, porquanto o Espírito já existia antes da
formação do corpo. Não é o pai quem cria o Espírito de seu filho; ele mais não
faz do que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, no entanto,
auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho, para fazê-lo
progredir.
Os que encarnam numa
família, sobretudo como parentes próximos, são, as mais das
vezes, Espíritos
simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca
na vida terrena. Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns
aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente
anteriores, que se traduzem na Terra por mútuo antagonismo, que aí lhes serve
de provação. Não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de família e
sim os da simpatia e da comunhão de idéias, os quais prendem os Espíritos
antes, durante e depois de suas encarnações. (...)
Há pois, duas espécies
de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos
laços corporais.
Estáveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no
mundo dos Espíritos,
através das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se
extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente, já na existência atual.
(...)” (01)
SOLUÇÃO NATURAL
Os espíritos
benfeitores já não sabiam como atender à pobre senhora obsidiada.
Perseguidor e
perseguida estavam mentalmente associados à maneira de polpa e casca
no fruto.
Os amigos
desencarnados tentaram afastar o obsessor, induzindo a jovem senhora a
esquecê-lo, mas
debalde.
Se tropeçava na rua,
a moça pensava nele...
Se alfinetava um dedo
em serviço, atribuía-lhe o golpe...
Se o marido estivesse
irritado, dizia-se vítima do verdugo invisível...
Se a cabeça doía,
acusava-o...
Se uma xícara
espatifasse, no trabalho doméstico, imaginava-se atacada por ele...
Se aparecesse leve
dificuldade econômica, transformava a prece em crítica ao desencarnado infeliz...
Reconhecendo que a
interessada não encontrava libertação, por teimosia, os instrutores
espirituais ligaram
os dois — a doente e o acompanhante invisível — em laços fluídicos
mais profundos, até
que ele renasceu dela mesma, por filho necessitado de carinho e de compaixão.
Os benfeitores
descansaram.
O obsessor descansou.
A obsidiada
descansou.
O esposo dela
descansou.
Transformar
obsessores em filhos, com a bênção da Providência Divina, para que haja
paz nos corações e
equilíbrio nos lares, muita vez é a única solução. (08)
HILÁRIO SILVA
FAMÍLIA
“Há, pois, duas
espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias
pelos laços
corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam
no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; as segundas,
frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e, muitas vezes, se dissolvem
moralmente, já na existência atual”
Do item 8, no Cap.
XIV, de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
De todas as
associações existentes na Terra — excetuando naturalmente a Humanidade
— nenhuma talvez mais
importante em sua função educadora e regenerativa: a constituição da família.
De semelhante
agremiação, na qual dois seres se conjugam, atendendo aos vínculos do
afeto, surge o lar,
garantindo os alicerces da civilização. Através do casal, aí estabelecido, funciona
o princípio da reencarnação, consoante as Leis Divinas, possibilitando o
trabalho executivo dos mais elevados programas de ação do Mundo Espiritual.
Por intermédio da
paternidade e da maternidade, o homem e a mulher adquirem mais
amplos créditos da
Vida Superior.
Daí, as fontes de
alegria que se lhes rebentam do ser com as tarefas da procriação.
Os filhos são liames
de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa
do Mundo Maior, de
vez que todos nós integramos grupos afins.
Na arena terrestre, é
justo que determinada criatura se faça assistida por outras que lhe
respiram a mesma faixa
de interesse afetivo. De modo idêntico, é natural que as inteligências domiciliadas
nas Esferas Superiores se consagrem a resguardar e guiar aqueles companheiros de
experiência, volvidos à reencarnação para fins de progresso e burilamento.
A parentela no
Planeta faz-se filtro da família espiritual sediada além da existência física, mantendo
os laços preexistentes entre aqueles que lhe comungam o clima.
Arraigada nas vidas
passadas de todos aqueles que a compõem, a família terrestre é
formada, assim, de agentes
diversos, porquanto nela se reencontram,comumente, afetos e desafetos, amigos e
inimigos, para os ajustes e reajustes indispensáveis, ante as leis do destino.
Apesar disso, importa
reconhecer que o clã familiar evolve incessantemente para mais
amplos conceitos de
vivência coletiva, sob os ditames do aperfeiçoamento geral, conquanto se erija
sempre em educandário valioso da alma.
Temos, dessa forma,
no instituto doméstico uma organização de origem divina, em
cujo seio encontramos
os instrumentos necessários ao nosso próprio aprimoramento para a edificação do
Mundo Melhor. (06)
* * *
PAIS E FILHOS
“A ingratidão é um
dos frutos mais diretos do egoísmo. Revolta sempre os corações
honestos. Mas, a dos
filhos para com os pais apresenta caráter ainda mais odioso.”
Do item 9, do Cap.
XIV, de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Trazida a
reencarnação para os alicerces dos fenômenos sócio-domésticos, não é somente a
relação de pais para filhos que assume caráter de importância, mas igualmente a
que se verifica dos filhos para com os pais.
Os filhos não
pertencem aos pais; entretanto, de igual modo, os pais não pertencem aos
filhos.
Os genitores devem
especial consideração aos próprios rebentos, mas o dever funciona
bilateralmente, de
vez que os rebentos do grupo familiar devem aos genitores particular atenção.
Existem pais que
agridem os filhos e tentam escravizá-los, qual se lhes fossem objeto de
propriedade
exclusiva; todavia, encontramos, na mesma ordem de freqüência, filhos que
agridem os pais e buscam escravizá-los, como se os progenitores lhes
constituíssem alimárias domésticas.
A reencarnação traça
rumos nítidos ao mútuo respeito que nos compete de uns para
com às outros.
Entre pais e filhos,
há naturalmente uma fronteira de apreço recíproco, que não se pode
ultrapassar, em nome
do amor, sem que o egoísmo apareça, conturbando-lhes a existência.
Justo que os pais não
interfiram no futuro dos filhos, tanto quanto justo que os filhos
não interfiram no
passado dos pais.
Os pais não conseguem
penetrar, de imediato, a trama do destino que os princípios cármicos lhes
reservam aos filhos, no porvir, e os filhos estão inabilitados a compreender,
de pronto, o enredo das circunstâncias em que se mergulharam seus pais, no
pretérito, a fim de que pudessem volver, do Plano Espiritual ao renascimento no
Plano Físico. Unicamente no mundo das causas, após a desencarnação, ser-lhes-á
possível o entendimento claro, acerca dos vínculos em que se imanizam.
Invoque-se, à vista disso, o auxílio de religiosos, professores, filósofos e
psicólogos, a fim de que a excessiva agressividade filial não atinja as raias da
perversidade ou da delinqüência para com os pais e nem a excessiva autoridade
dos pais venha a violentar os filhos, em nome de extemporânea ou cruel
desvinculação.
Pais e filhos são,
originariamente, consciências livres, livres filhos de Deus empenhados
no mundo à obra de
autoburilamento, resgate de débitos, reajuste, evolução. As leis da
vida englobam-lhes a
individualidade no mesmo alto gabarito de consideração.
Nunca é lícito o
desprezo dos pais para com os filhos e vice-versa.
Não configuramos no
assunto qualquer aspecto lírico na temática afetiva. Apresentamos, sumariamente,
princípios básicos do Universo.
A existência
terrestre é muito importante no progresso e no aperfeiçoamento do Espírito; no
entanto, ao mesmo tempo, é simples estágio da criatura eterna no educandário da
experiência física, à maneira de estudante no internato.
Os pais lembram
alunos, em condições mais avançadas de tempo, no currículo de lições, ao passo
que os filhos recordam aprendizes iniciantes, quando surgem na arena de serviço
terrestre, com acesso na escola, sob o patrocínio dos companheiros que os
antecederam, por ordem de matrícula e aceitação. E que os filhos jamais acusem
os pais pelo curso complexo ou difícil em que se vejam no colégio da existência
humana, porquanto, na maioria das ocasiões, foram eles mesmos, os filhos, que,
na condição de Espíritos desencarnados, insistiram com os pais, através de
afetuoso constrangimento ou suave processo obsessivo, para que os trouxessem,
de novo, à oficina de valores físicos, de cujos instrumentos se mostravam
carecedores, a fim de seguirem rumo correto, no encalço da própria emancipação.
(07)
FONTES DE CONSULTA
01 - KARDEC, Allan.
Honrai a vosso pai e vossa mãe. In:_ O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Trad. De Guillon
Ribeiro. 112. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1996. Item 08, pág.
238.
02 - Da Lei de
Sociedade. In:_. O Livro dos Espíritos. Trad. De Guillon Ribeiro. 76. ed.
Rio [de Janeiro]:
FEB, 1995. Perg. 774, pág. 361.
03 - CALLIGARIS,
Rodolfo. A família. In:_. As Leis Morais. 6 ed. Rio [de Janeiro]: FEB,
1991. Pág. 115.
04 - FRANCO, Divaldo
Pereira. Família. In:_. Estudos Espíritas. Ditado pelo Espírito
Joanna de Ângelis. 5.
ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1991. Pág. 176.
05 - Filhos Ingragos.
In:_. SOS Família. Pelos Espíritos Joanna de Ângelis e outros. 4 ed.
Salvador, BA: LEAL.
1994, pág. 107.
06 - XAVIER,
Francisco Cândido, Família. In:_. Vida e Sexo. Ditado pelo Espírito
Emmanuel. 16 ed. Rio
[de Janeiro]: FEB, 1996. Págs. 13-15.
07 - Pais e Filhos.
In:_. Vida e Sexo. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 16 ed. Rio
[de Janeiro]: FEB,
1993. Págs. 77-80.
08 - Luz no Lar. Por
diversos Espíritos. 7 ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1991. Págs. 82-83.
Texto Extraído do Programa III do ESDE
Editado Pela FEB
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