O Progresso e o mundo de regeneração

Sendo assim
diremos que o nosso globo, como tudo o que existe, está submetido à lei do
progresso. Ele progride, fisicamente, pela transformação dos elementos que o
compõem e, moralmente, pela depuração dos Espíritos encarnados e desencarnados
que o povoam. Ambos esses progressos se realizam paralelamente, porquanto o
melhoramento da habitação guarda relação com o do habitante. Ao mesmo tempo que
o melhoramento do globo se opera sob a ação das forças materiais, os homens
para isso concorrem pelos esforços de sua inteligência. Saneiam as regiões
insalubres, tornam mais fáceis as comunicações e mais produtiva a terra.
De duas maneiras
se executa esse duplo progresso: uma, lenta, gradual e insensível; a outra,
caracterizada por mudanças bruscas, a cada uma das quais corresponde um
movimento ascensional mais rápido, que assinala, mediante impressões bem
acentuadas, os períodos progressivos da humanidade. O progresso da humanidade
se cumpre, pois, em virtude de uma lei. Ora, como todas as leis da natureza são
obra eterna da sabedoria e da presciência divinas, tudo o que é efeito dessas
leis resulta da vontade de Deus, não de uma vontade acidental e caprichosa, mas
de uma vontade imutável. A humanidade tem realizado, até o presente,
incontestáveis progressos. Os homens, com a sua inteligência, chegaram a
resultados que jamais haviam alcançado, sob o ponto de vista das ciências, das
artes e do bem-estar material. Resta-lhes ainda um imenso progresso a realizar:
o de fazerem que entre si reinem a caridade, a fraternidade, a solidariedade,
que lhes assegurem o bem-estar moral.
Já não é
somente de desenvolver a inteligência o de que os homens necessitam, mas de
elevar o sentimento e, para isso, faz-se preciso destruir tudo o que
superexcite neles o egoísmo e o orgulho. Nestes tempos, porém, não se trata de
uma mudança parcial, de uma renovação limitada a certa região, ou a um povo, a
uma raça.
Trata-se de um
movimento universal, a operar-se no sentido do progresso moral.
[i] Os seres inanimados, constituídos só de
matéria, sem vitalidade nem inteligência: são os corpos
Brutos. LE Q.71-
comentário de Kardec
[ii] 728. É lei da Natureza a destruição?
“Preciso é que
tudo se destrua para renascer e se regenerar. Porque, o que chamais destruição
não passa de uma transformação, que tem pôr fim a renovação e melhoria dos seres
vivos.
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