terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Da indiferença à compaixão



Da indiferença à compaixão                    


A vida moderna se desenrola em um ritmo vertiginoso.
A todo instante, surgem novidades nos mais diversos setores do conhecimento humano. As pessoas colecionam centenas de amigos virtuais, que podem ser contatados sem sair de casa. Por força dessas inovações, as notícias correm o mundo em questão de segundos. As novidades mórbidas é que costumam empolgar as massas.
Resultado de imagem para indiferençaDe outro lado, impera a sensação da necessidade de ser rápido e aproveitar muito, para não perder algo importante. Ocorre que esse regime de urgência e negatividade tende a gerar relacionamentos superficiais. Quem tem centenas de amigos virtuais não costuma conviver com eles, não percebe suas reais necessidades. Tem a sensação de ser bem relacionado, quando é um solitário. Outro subproduto da vida moderna é a tendência à indiferença. O corre-corre dificulta que se preste atenção no semelhante.
As notícias ruins inspiram o sentimento de ser necessário precaver-se contra a exploração e o abuso. Para não sofrer, a criatura opta por anestesiar seu sentir.
Se há muitos políticos corruptos, ela deixa de prestar atenção nas ocorrências da vida pública do país. Como há bastante violência, procura nem notar o que ocorre a sua volta. Por ser evidente a má fé de alguns, afasta-se de muitos.
Contudo, esse distanciamento do semelhante é artificial e deletério.
O ser humano é gregário por natureza e precisa conviver para se sentir pleno.
Sempre há o risco de se ferir e se decepcionar, sem que isso constitua razão para abdicar da essência da vida.
Convém ser cauteloso, mas tal não pode significar renúncia ao contato social.
Uma boa técnica para conviver de forma saudável em um mundo imperfeito consiste na compaixão. Ela é um dos sentimentos humanos mais nobres e se expressa como solidariedade. Implica participar do sofrimento do próximo, de forma dinâmica.
Não se trata apenas de lamentar a dor alheia, de sofrer junto e nem de considerá-lo um infeliz. Ser compassivo pressupõe tomar-se do ardente desejo de auxiliar o semelhante a livrar-se do sofrimento.
Justamente por seu vigor, a compaixão inspira a adoção de medidas para melhorar o mundo em que se vive. O compassivo não quer e nem consegue ser feliz sozinho.
Ele não é um pessimista que acha que o mundo está perdido e nada resta para fazer. Acredita no bem e ama o progresso e por isso age com firmeza.
Não violenta consciências, mas faz o que pode para que a Humanidade se renove.
A compaixão é um sinal de sabedoria de quem compreende a fragilidade da imensa maioria dos homens.
Entretanto, à semelhança do Cristo, não os despreza, mas os auxilia e instrui.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita


O que é a compaixão?
15 - CONQUISTA DA COMPAIXÃO
 "Exercita-te pessoalmente na piedade”.- PAULO. (I Timóteo, 4:7.).

Não se conhece Nenhuma conquista que chegasse ao espírito sem apoio na prática.
 Um grande intérprete da música não se manteria nessa definição, sem longos exercícios
com base na disciplina.
 Um campeão nas lides esportivas não consegue destacar-se simplesmente sonhando com
vitórias.
 Nos dons espirituais, os princípios que nos regem as aquisições são os mesmos.
Resultado de imagem para compaixão Se quisermos que a piedade nos ilumine, é imperioso exercitar a compreensão. E
compreensão não vem a nós sem que façamos esforço para isso.
 Aceitemos, assim, as nossas dificuldades por ocasiões preciosas de ensino, sobretudo, no
relacionamento uns com os outros.
 Nesse sentido, os que nos contrariam se nos mostram como sendo os melhores instrutores.
 Se alguém comete uma falta, reflitamos na doença mental que lhe terá ditado o
comportamento.
 Se um amigo nos abandona, imaginemos quanto haverá sofrido no processo de
incompreensão que o levou a se afastar.
 Pensa na insatisfação enfermiça dos que se fazem perseguidores ou na dor dos que se
entregam a esse ou àquele tipo de culpa.
 Compaixão é a porta que se nos abre no sentimento para a luz do verdadeiro amor,
entretanto, notemos: ninguém adquire a piedade sem construí-la.

E a Piedade?

 A piedade é a virtude que mais vos aproxima dos anjos; é a irmã
a caridade, que vos conduz a Deus. Ah! deixai que o vosso coração sed
enterneça ante o espetáculo das misérias e dos sofrimentos dos vossos semelhantes.

A piedade, a piedade bem sentida é amor; amor é devotamento; devotamento é o olvido de si mesmo e esse olvido, essa abnegação em favor dos desgraçados, é a virtude por excelência, a que
em toda a sua vida praticou o divino Messias e ensinou na sua doutrina tão santa e tão sublime.
Resultado de imagem para piedadeO sentimento mais apropriado a fazer que progridais, domando em
vós o egoísmo e o orgulho, aquele que dispõe vossa alma à humildade, à
beneficência e ao amor do próximo, é a piedade! piedade que vos comove
até as entranhas à vista dos sofrimentos de vossos irmãos, que vos impele
a lhes estender a mão para socorrê-los e vos arranca lágrimas de simpatia.
 Quão longe, no entanto, se acha a piedade de causar o distúrbio e o aborrecimento de que se arreceia o egoísta! Sem dúvida, ao contato da desgraça de outrem, a alma, voltando-se para si mesma, experimenta um confrangimento natural e profundo, que põe em vibração todo o ser e o abala penosamente. Grande, porém, é a compensação, quando chegais a dar coragem e esperança a um irmão infeliz que se enternece ao aperto de uma mão amiga e cujo olhar, úmido, por vezes, de emoção e de reconhecimento, para vós se dirige docemente, antes de se fixar no Céu em agradecimento por lhe ter enviado um consolador, um amparo. A piedade é o melancólico, mas celeste precursor da caridade, primeira das virtudes que a tem por irmã e cujos benefícios ela prepara e enobrece. – Miguel. (Bordeaux, 1862.)

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