terça-feira, 28 de outubro de 2014

O PRINCÍPIO DE AÇÃO E REAÇÃO


Boa tarde amigos! No dia 23 de Julho de 2014 iniciamos o estudo do tema Ação e Reação com o nosso grupo de estudos intermediário. Segue o texto que foi abordado com a turma.

“A liberdade é a condição necessária da alma humana que, sem ela, não poderia construir

seu destino. (...)” (08) Apesar da liberdade do homem parecer, à primeira vista, muito restrita pelas próprias limitações das condições físicas, sociais ou interesses de cada um, na realidade, sempre podemos contornar tais obstáculos e agir da maneira que mais nos pareça acertada.

“(...) A liberdade e a responsabilidade são correlativas no ser e aumentam com sua elevação;

é a responsabilidade do homem que faz sua dignidade e moralidade. Sem ela, não seria

ele mais do que autômato, um joguete das forças ambientes. (...)” (08)

Quando resolvemos fazer ou deixar de fazer alguma coisa, a nossa consciência sempre nos alerta a respeito, aprovando-nos ou censurando-nos. Apesar da voz íntima nos alertar, sempre usamos o que foi decidido pela nossa vontade ou livre-arbítrio. Nada nos coage nos momentos de decisões próprias, daí ser correto afirmar que somos responsáveis pelos nossos atos. Somos os construtores do nosso destino.

Livre-arbítrio é, pois, definido como “a faculdade que tem o indivíduo de determinara sua própria conduta”, ou, em outras palavras, a possibilidade que ele tem de, “entre duas ou

mais razões suficientes de querer ou de agir, escolher uma delas e fazer que prevaleça sobre

as outras. (...)” (07)

Aceitar a vida guiada por um determinismo onde todos os acontecimentos estão fatalmente

pré-estabelecidos, é raciocinar de uma maneira muito ingênua, senão simplória;

porque, se assim fosse, o homem não seria um ser pensante, batalhador, capaz de tomar resoluções e de interferir no progresso, seria apenas uma máquina robotizada, irresponsável, à

mercê dos acontecimentos.

“(...) Fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar, desta ou daquela prova para sofrer. (...)” (06) “(...) O livre-arbítrio, a livre vontade do Espírito exerce-se principalmente na hora das reencarnações. Escolhendo tal família, certo meio social, ele sabe de antemão quais são as provações que o aguardam, mas compreende, igualmente, a necessidade destas provações para desenvolver suas qualidades, curar seus defeitos, despir seus preconceitos e vícios. Estas provações podem ser também conseqüências de um passado nefasto, que é preciso reparar, e ele aceita-as com resignação e confiança. (...)

O futuro aparece-lhe então, não em seus pormenores, mas em seus traços mais salientes,

isto é, na medida em que esse futuro é a resultante de atos anteriores. Estes atos representam

a parte de fatalidade ou “a predestinação que certos homens são levados a ver em todas as vidas. (...)ado da Doutrina Espírita
rograma II

Unidade 4

Sub-unidade 2

Na realidade, nada há de fatal e, qualquer que seja o peso das responsabilidades em que se tenha incorrido, pode-se sempre atenuar, modificar a sorte com obras de dedicação, de bondade, de caridade, por um longo sacrifício ao dever. (...)” (09)

Os acontecimentos diariamente observados na categoria de dores, que desarticulam o modo de viver, antes tão feliz; ou sob forma de tragédias, que produzem crises de angústia e de desespero; a doença que chega sem avisar, abatendo o ânimo e a coragem; as decepções com amigos ou as esperanças frustradas, a pobreza material a retratar-se na desnutrição, na orfandade, nos assaltos, tanta coisa, a se traduzir como aflições e infortúnios, poderá levar o homem, que desconhece as verdades espirituais, à loucura ou ao suicídio. Por isto, a Doutrina Espírita vem esclarecer que “de duas espécies são as vicissitudes da vida, ou, se o preferirem, promanam de duas fontes bem diferentes, que importa distinguir. Umas têm sua causa na vida presente; outras, fora desta vida.

“Remontando-se à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são conseqüência

natural do caráter e do proceder dos que os suportam.

Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição!

Quantos se arruínam por falta de ordem, de perseverança, pelo mau proceder, ou por não terem sabido limitar seus desejos! (...) Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero!

Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram desde o princípio

as más tendências! (...)

A quem, então, há de o homem responsabilizar por todas essas aflições, senão a si mesmo? O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios (...).” (01)

No entanto, sabemos que existem males que ocorrem sem que o homem tenha diretamente

culpa. São dores que têm origem em atos praticados noutras existências. “(...) Tal, por exemplo, a perda de entes queridos e a dos que são o amparo da família. Tais, ainda, os acidentes

que nenhuma previsão poderia impedir; os reveses da fortuna, que frustram todas as precauções aconselhadas pela prudência; os flagelos naturais, as enfermidades de nascença, sobretudo as que tiram a tantos infelizes os meios de ganhar a vida pelo trabalho: as deformidades, a idiotia, o cretinismo etc.

Os que nascem nessas condições, certamente nada hão feito na existência atual para merecer, sem compensação, tão triste sorte, que não podiam evitar (...).” (02) Não resta a menor dúvida que constituímos hoje, o produto das experiências vividas no passado. Não há sofrimento sem uma causa e efeito, ou ação e reação, que regem o nosso destino porque, se somos livres na semeadura, seremos escravos da colheita.

Deus nos permite, pelo livre-arbítrio, a responsabilidade de praticar o bem ou o mal, porém, a partir do momento que decidimos o que fazer, esta ação gera uma reação característica, que virá mais tarde sob a forma de colheita.

“(...) Assim se explicam pela pluralidade das existências e pela destinação da Terra, como mundo expiatório, as anomalias que apresenta a distribuição da ventura e da desventura entre os bons e os maus neste planeta. (...)” (03)


PRINCÍPIOS BÁSICOS DA DOUTRINA ESPÍRITA JUSTIÇA DIVINA

Questionário a ser respondido depois da leitura das questões n 843, 844, 846, 847, 850,

851 e 852 de O Livro dos Espíritos.

01. Não sendo o determinismo inflexível, os rumos da nossa existência terrena podem

ser alterados, aliviando ou agravando as nossas dores? Responda e justifique.

02. Explique, à luz do princípio da Ação e Reação, o que parece ser fatalidade.

03. Conceitue livre-arbítrio e fatalidade usando as informações do livro-texto.

04. Justifique de acordo com os conceitos de livre-arbítrio e fatalidade as desencarna

ções inesperadas, as epidemias, as hecatombes, os flagelos naturais (secas, enchentes,

pragas).

05. O livre-arbítrio, faculdade concedida por Deus ao homem, pode sofrer alterações?

Em outras palavras, o livre-arbítrio, isto é, capacidade de decidir, de escolher, pode

aumentar, diminuir ou é estacionária?

06. Qual a relação entre livre-arbítrio e responsabilidade?

FONTES DE CONSULTA

01 - KARDEC, Allan. Bem-aventurados os Aflitos. In:O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Trad. de Guillon Ribeiro. 111. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1995. Cap. V. Item 4, págs. 98-100.

02 - Item 6, págs. 101-102.

03 - Item 7, págs. 102.

04 - O Livro dos Espíritos. Trad, de Guillon Ribeiro. 75 ed. Rio de Janeiro, FEB. 1994.

Perg. 843, pág. 387.

05 - Perg. 844, pág. 388.

06 - Perg. 851, pág 390.

07 - CALLIGARIS, Rodolfo. O livre-arbítrio. In: As Leis Morais. 2. ed. Rio de Janeiro,

FEB, 1983. Pág. 151

08 - DENIS, Léon. O Livre-arbítrio. In: O Problema do Ser, do Destino e da Dor. 16ª ed. Rio

de Janeiro, FEB, 1991. Pág. 342-.

09 - Pág. 346.

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