Boa tarde queridos amigos! Dando continuidade ao tema, no dia 27 de maio deste ano, foi abordado o tema Provas da existência de Deus com o nosso grupo de iniciantes, segue o texto retirado da apostila do ESDE.
Cada
religião [...] explica Deus à sua maneira; cada teoria o descreve a seu modo. E
de tudo isso resulta uma confusão, um caos inextricável. [...] Dessa confusão,
os ateus têm tirado argumentos para negar a existência de Deus; os
positivistas, para o declarar «incognoscível». Como remediar tal desordem? Como
escapar a essas contradições?
Da mais simples maneira. Basta elevarmo-nos acima
das teorias e dos sistemas, bastante alto para as ligar em seu conjunto e pelo
que têm de comum. Basta elevarmo-nos até à grande Causa, na qual tudo se resume
e tudo se explica.
Duvidar
da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e declarar que o
nada pode fazer alguma coisa. A prova da existência de Deus, como dizem os
Espíritos Superiores, pode ser encontrada em um [...] axioma que aplicais às
vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o
que
não é obra do homem e a vossa razão responderá.
Vemos
constantemente uma imensidade de efeitos, cuja causa não está na Humanidade,
pois que a Humanidade é impotente para produzi-los, ou, sequer, para os
explicar. [...] Tais efeitos absolutamente
não
se produzem ao acaso, fortuitamente e em desordem.
Desde
a organização do mais pequenino inseto e da mais insignificante semente, até a
lei que rege os mundos que circulam, no Espaço, tudo atesta uma ideia diretora,
uma combinação, uma previdência, uma solicitude, que ultrapassam todas as
combinações humanas. A causa é, pois, soberanamente inteligente.
Constitui
princípio elementar que pelos seus efeitos é que se julga de uma causa, mesmo
quando ela se conserve oculta. Se, fendendo os ares, um pássaro é atingido por
mortífero grão de chumbo,
deduz-se
que hábil atirador o alvejou, ainda que este último não seja visto. Nem sempre,
pois, se faz necessário vejamos uma coisa, para sabermos que ela existe. Em
tudo, observando os efeitos
é
que se chega ao conhecimento das causas.
Outro
princípio igualmente elementar e que, de tão verdadeiro, passou a axioma, é o
de que todo efeito inteligente tem que decorrer de uma causa inteligente. Se
perguntassem qual o construtor
de
certo mecanismo engenhoso, que pensaríamos de quem respondesse que ele se fez a
si mesmo? Quando se contempla uma obra-prima da arte ou da indústria, diz-se
que há de tê-la produzido um
homem
de gênio, porque só uma alta inteligência poderia concebê-la. Reconhece-se, no
entanto, que ela é obra de um homem, por se verificar que não está acima da
capacidade humana; mas, a ninguém acudirá a ideia de dizer que saiu do cérebro
de um idiota ou de um ignorante, nem, ainda menos, que é trabalho de um animal,
ou produto do acaso.
Não
podendo nenhum ser humano criar o que a Natureza produz, a causa primária [primeira]
é, conseguintemente, uma inteligência superior à Humanidade.
Quaisquer
que sejam os prodígios que a inteligência humana tenha operado, ela própria tem
uma causa e, quanto maior for o que opere, tanto maior há de ser a causa
primária [primeira]. Aquela inteligência superior é que é a causa primária [primeira]
de todas as coisas, seja qual for o nome que lhe deem.
Pois
bem! Lançando o olhar em torno de si, sobre as obras da Natureza, notando a
providência, a sabedoria, a harmonia que presidem a essas obras, reconhece o
observador não haver nenhuma que não ultrapasse os limites da mais portentosa inteligência
humana. Ora, desde que o homem não as pode produzir, é que elas são produto de
uma inteligência superior à Humanidade, a menos que se sustente que há efeitos
sem causa.
A
harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios
determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação
primária ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os
efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente já não seria acaso.
Deus
não se mostra, mas se revela pelas suas obras.
A
existência de Deus é, pois, uma realidade comprovada não só pela revelação, como
pela evidência material dos fatos. Os povos selvagens nenhuma revelação
tiveram; entretanto, creem instintivamente na existência de um poder
sobre-humano. Eles veem coisas que estão acima das possibilidades do homem e
deduzem que essas coisas provêm de um ente superior à Humanidade. Não
demonstram raciocinar com mais lógica do que os que pretendem que tais coisas
se fizeram a si mesmas?
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